A agência de classificação de risco Fitch Ratings revisou a nota de longo prazo em moeda local e estrangeira da Azul (AZUL4) para baixo, de “B-” para “CCC”, e o rating em escala nacional de “BB(bra)” para “CCC(bra)”.
No relatório, a Fitch informou que a decisão reflete a queda na demanda por viagens aéreas no Brasil e a incerteza em relação à recuperação do setor de aviação. O downgrade ainda contempla a possibilidade da Azul enfrentar dificuldades em levantar recursos no próximos seis meses. A limitação geográfica foi um dos pontos negativos salientados, frente à volatilidade do mercado brasileiro.
De acordo com a agência de classificação, a companhia aérea possui uma posição de caixa para manter suas atividades até meados do próximo ano. Apesar disso, o acesso a crédito é um ponto fundamental para evitar uma nova rodada de renegociação de dívida até o final de 2021.
Além disso, segundo a Fitch, a lentidão em captar recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), assim como a estrutura complexa sendo desenhada para a operação, continua sendo um problema para a empresa e um fator negativo para seu perfil de crédito.
Azul entra em acordo com arrendadores em R$ 3,2 bi
A Azul comunicou há duas semanas a conclusão de um acordo com arrendadores de aeronaves. Com a decisão, a companhia aérea terá uma economia de R$ 3,2 bilhões até o final de 2021.
De acordo com a empresa, o acordo representa mais de 98% do passivo de arrendamento e ainda negocia com os demais arrendadores. Os pagamentos serão realizados com base em um cronograma conservador da retomada da demanda por voos.
“Arrendadores de aeronaves representam em torno de 80% de nossa dívida total, e portanto estes acordos são um passo importante para garantir que sairemos desta crise mais fortes e comprometidos com essas parcerias de longo prazo”, detalhou o diretor financeiro da Azul, Alex Malfitani, em nota.
Notícias Relacionadas