A agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou a nota de probabilidade de inadimplência (IDR, em inglês) das notas sênior sem garantia da BRF de ‘BBB-‘ para ‘BB’. A perspectiva de negativa foi reduzida para estável. A mudança é válida tanto para moeda estrangeira como em moeda local.
Já o rating em escala nacional da BRF desceu de ‘AAA(bra)’ para ‘AA+(bra)’, com perspectiva também estável.
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O rebaixamento reflete o desempenho operacional “fraco”, alta alavancagem e um ritmo mais lento de desalavancagem que o previsto. Os motivos, segundo a Fitch, são os “múltiplos obstáculos” encarados pela BRF em 2018. A agência projeta um Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) que tende a 4,5 vezes ao fim de 2018 em razão da venda de ativos e uma melhora esperada do Ebitda global neste ano.
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“O rating da BRF reflete o perfil de negócios do grupo como um dos maiores exportadores de aves do mundo, alimentos processados sólidos (71% dos volumes) e boa notoriedade da marca no Brasil, com uma vasta plataforma de distribuição. A empresa também é líder no mercado Halal, com um mercado de mais de 41% nos países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC)”, escreveu a Fitch em seu relatório.
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A agência também cita as operações Trapaça e Carne Fraca da Polícia Federal, que leva a Fitch a considerar a incerteza em relação aos riscos de litígios nas classificações da companhia. “A empresa está sendo investigada por suposta conduta imprópria envolvendo seus funcionários na Operação Trapaça. A operação resultou na retirada de 12 plantas da BRF da lista de fábricas aprovadas para exportação para a União Europeia”, informou. “Os custos relacionados à operação (despesas legais, consultoria, custos ociosos nas fábricas, perdas de estoque) foram estimados em R$ 493 milhões em 2018”.