Fitch reavalia rating da Argentina de “RD” para “CC”
A agência de classificação Fitch, elevou nesta terça-feira (3), o rating da Argentina. A avaliação de risco sobre a divida soberana do país vizinho, passou de “RD” (default restrito) para “CC”.
De acordo com a Fitch, a mudança positiva ocorreu devido ao pagamento dos instrumentos de dívida a curto prazo, que foram realizados no dia 30 de agosto. A Fitch classificou a ação como “troca de dívida em dificuldades financeiras”, o chamado “DDE”.
A Fitch é a segunda agência de classificação a rever sua nota sobre a dívida argentina. Segundo a agência, a nota reflete uma expectativa de uma provável reestruturação da dívida, ou até mesmo, outra inadimplência do país.
Fitch havia classificado o rating da Argentina como “default restrito”
Na última sexta-feira (30), a agência de risco Fitch havia rebaixado o rating da Argentina para “default restrito”. É a segunda empresa a falar no default nesta sexta-feira (30), a Standard & Poors rebaixou a Argentina para “CCC-“.
Após o decreto de moratória realizado, na última quarta-feira (30), pelo governo da Argentina aos títulos de curto prazo em posse de investidores institucionais locais, como fundos de investimentos e de pensão, a Fitch tomou a decisão do rebaixamento da nota.
A nota da dívida de curto e longo prazo em moeda estrangeira caiu de “CCC” para “RD”. Já a dívida em moeda local sofreu uma queda de “C” para “RD”. A alteração indica uma mais alta probabilidade de falha no pagamento ou default.
S&P também revisou o rating do país vizinho
Nesta sexta-feira (30) a agência de classificação de risco, S&P Global Ratings (S&PGR), revisou positivamente o rating da Argentina. A nota de crédito a longo prazo do país vizinho, passou de “SD” para “CCC-” com perspectiva negativa.
Saiba mais: S&P revê rating da Argentina de “SD” para “CCC-“
A medida volta atrás à anunciada na última quinta-feira (29), em que a agência havia rebaixado o rating do país de “B-” para “SD”. O grau à curto prazo também foi elevado, passando de “SD” para “C”, nesta sexta.
Para a agência, a moratória decretada na última quarta-feira (30) pela Argentina sobre à dívida do Fundo Monetário Internacional (FMI) constituía um default seguindo os critérios da S&PGR, o que justificaria o rebaixamento. O montante de US$ 56 bilhões deveria inciar a ser devolvido do final de 2019 até 2021.