A agência de classificação de risco Fitch reafirmou, na quinta-feira (17), os ratings de longo prazo em moeda estrangeira e em divisa local da Vale (VALE3) em BBB, com manutenção da perspectiva estável.
Já a nota da dívida sênior sem garantia da Vale Overseas Limited e Vale Canada Limite foi preservada em BBB, enquanto a de escala nacional da empresa ficou em AAA (bra).
Segundo a agência, a decisão reflete a posição de liderança da companhia no mercado transoceânico de minério de ferro, com um dos menores níveis de custo do setor. A instituição considera ainda que a mineradora dispõe de “forte” estrutura de capital.
A Fitch acrescenta que gargalos globais de oferta, em meio à guerra russa na Ucrânia, eventos climáticos no Brasil e na Austrália e a ainda resiliente demanda chinesa ajudaram a manter os preços de minério de ferro elevados.
“Espera-se que o fluxo de caixa das operações permaneça alto em 2023, em cerca de US$ 13,7 bilhões, antes das distribuições de capex e dividendos“, projeta.
O Acordo para Reparação de Brumadinho firmado entre a Vale e o governo de Minas Gerais é incorporado no rating, de acordo com a Fitch.
A agência avalia que o rating da Vale é pressionada pela produção concentrada em minério de ferro e a forte exposição ao Brasil.
Veja também sobre a Vale:
Nesta quarta-feira (16), a Cosan (CSAN3) recebeu aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para aumentar sua participação acionária na Vale.
A Cosan poderá aumentar sua participação na Vale dos atuais 4,90% para 6,50%.
Os analistas da Genial Investimentos acreditam que a medida deve tornar a Cosan “uma acionista de relevância dentro da mineradora”.
No entanto, segundo a Genial, ao considerar os resultados para curto prazo em termo de equivalência patrimonial para a Cosan, o entendimento “é de que a participação anterior de 4,9% [na Vale] já traria um ganho de valorização do ativo”.
Com Estadão Conteúdo