A Braskem (BRKM3; BRKM5; BRKM6) enviou um comunicado ao mercado, nessa sexta-feira (3), informando aos acionistas que a Fitch Ratings rebaixou o rating da companhia de ‘BBB-‘ para ‘BB+’, com perspectiva estável.
Contudo, a Braskem destacou no documento que “apesar do cenário adverso resultante do ciclo e da pandemia (de Covid-19), mantém sólida posição de caixa e o perfil de endividamento bastante alongado”. Segundo a companhia, o prazo médio de vencimento de suas dívidas ao final do primeiro trimestre do ano era de 16,4 anos, “sendo aproximadamente 50% delas concentradas após 2030.”
A companhia ainda salientou que, em sua visão, a estrutura de capital da empresa aliada às medidas adotadas e à sua liderança no mercado, justificariam a manutenção do grau de investimento.
Já a agência de classificação de riscos indicou que o rebaixamento reflete sua visão de que a ‘profunda recessão global’ e a ‘forte contração econômica’ no Brasil, Estados Unidos, México e Europa, elevaram os desafios enfrentados pela companhia brasileira.
Além disso, pontuou que o ‘cenário macro econômico fraco’ elevou a incerteza em relação a duração da desaceleração do ciclo petroquímico que começou no ano passado.
Segundo a Fitch “o momento da pandemia foi inoportuno para a Braskem, porque coincidiu com passivos adicionais de R$ 2,7 bilhões relacionados a um evento geológico em Alagoas”.
Braskem registra prejuízo de R$ 3,6 bilhões no 1T20
A Braskem teve um prejuízo de R$ 3,65 bilhões no primeiro trimestre de 2020. No mesmo período do ano passado, a companhia teve resultado positivo de R$ 928 milhões.
A companhia informou que seu resultado foi impactado principalmente pela variação cambial na dívida em moeda estrangeira e pelo ciclo de baixa petroquímica mundial.
Veja também: Braskem afirma ter forte posição de liquidez para cobrir dívidas
Já a receita líquida da Braskem teve queda de 3% no trimestre, em relação ao mesmo intervalo de 2019, ficando em R$ 12,6 bilhões. Em comparação ao quarto trimestre, entretanto, o valor ficou estável.