A agência de classificação de riscos, Fitch Ratings, comunicou nesta terça-feira (9) que a intensidade e duração incertezas no Brasil criam riscos às projeções para a economia do País.
Para a Fitch, o cenário da crise induzida pela pandemia do novo coronavírus no contexto doméstico afetam a expectativa de crescimento da economia brasileira e de redução do déficit fiscal em 2021.
A agência espera um resumo de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020, contra projeção anterior de contração de 4% no ano. A revisão aconteceu principalmente em razão da epidemia, que levou os estados e municípios a adotarem medidas para combater o novo vírus. Para o ano seguinte, a previsão é para um crescimento de 3,2%.
Além disso, a Fitch estimou que o déficit do Brasil deve atingir o patamar de 14% do PIB em este ano, ante projeções anteriores de 13%. Para 2021, a expectativa é de queda para 6,5% do Produto. Enquanto, deve haver um crescimento contínuo da dívida pública, de 92,3% do PIB para 93,5%, contra média de 56,3% de países classificados com rating “BB”.
“O Brasil tinha um equilíbrio fiscal relativamente fraco e baixo crescimento pré-pandemia”, comunicou a agência , em nota.
Recuperação pode ser prejudicada por incertezas, diz Fitch
Para a agência, “o grande estímulo mitigará o impacto econômico, mas a recuperação pode ser prejudicada por uma trajetória fiscal incerta, aumento da dívida pública e confrontos periódicos entre o Executivo e o Legislativo, nublando as perspectivas de reformas para conter gastos e melhorar as taxas de crescimento”.
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Além disso, a Fitch completou avaliando que protestos periódicos na ruas, assim como tensões entre os três Poderes da República, também tiveram um impacto negativo no ambiente político do País.