A agência de classificação de riscos Fitch Ratings projeta que que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil crescerá 3,3% este ano, após o tombo de 4,1% no ano passado.
Já para o ano que vem, a Fitch é esperada uma desaceleração no PIB do Brasil, a 2,5%. No levantamento Focus, do Banco Central, da última segunda-feira, os economistas do mercado financeiro apontavam avanço de 3,52% em 2021 e de 2,30% em 2022.
Na visão da agência de classificação de risco, a taxa estimada de crescimento se dá por causa do carrego estatístico e a fatores externos, como preços mais altos de commodities e recuperação global, em particular da China.
“Políticas macroeconômicas restritivas e incertezas relacionadas à corrida eleitoral do próximo ano podem pesar sobre o investimento e o crescimento em 2022. Riscos negativos derivam da evolução incerta da pandemia e potenciais atrasos no processo de vacinação”, pondera a agência, que vê também riscos para o crescimento de uma eventual perda de confiança na trajetória das finanças públicas.
Sobre a inflação, a Fitch corrobora a aposta do mercado de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) irá ultrapassar a meta central de 3,75% este ano e que o Banco Central seguirá elevando os juros para debelar essas pressões.
Fitch reafirma rating BB- do Brasil
Além disso, ainda nesta quinta-feira, a Fitch reafirmou o rating BB- do Brasil, mantendo a perspectiva negativa da nota do País. A agência avalia que essa classificação reflete os riscos para a consolidação fiscal e a recuperação econômica necessária para a estabilização da dívida pública no médio prazo.
“As pressões sobre os gastos públicos persistem e um apoio fiscal adicional para enfrentar as consequências da pandemia não pode ser descartado. Fragilidades fiscais contínuas, bem como vencimentos de dívidas encurtados, tornam o Brasil vulnerável a choques”, afirma a agência de classificação de riscos, em seu relatório.
Com informações do Estadão Conteúdo