Fitch afirma o Brasil em ‘BB-‘ com perspectiva negativa
A agência de classificação de riscos Fitch Ratings anunciou nesta quarta-feira (18) que afirmou o Rating de Inadimplência do Emissor (IDR) de Longo Prazo em Moeda Estrangeira do Brasil em ‘BB-‘, com perspectiva negativa.
Destacando os principais motivos da classificação, a Fitch afirma que os “ratings do Brasil são sustentados por sua economia grande e diversificada, alta renda per capita em relação aos pares e capacidade de absorver choques externos sustentada por sua taxa de câmbio flexível, desequilíbrios externos moderados, reservas internacionais robustas e profundo mercado interno de dívida do governo”.
No entanto, o documento completa dizendo que “isso é contrabalançado pelo alto e crescente endividamento governamental do Brasil, uma estrutura fiscal rígida, fraco potencial de crescimento econômico e um cenário político difícil que impede o progresso oportuno nas reformas fiscais e econômicas”.
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Em relação ao outlook negativo, a agência de classificação de risco salienta que reflete a a severa deterioração do déficit fiscal do País, bem como da carga da dívida pública durante este ano e a incerteza persistente em relação às perspectivas de consolidação fiscal, ” incluindo a sustentabilidade do teto de gastos de 2016 (a principal âncora da política fiscal) dadas as contínuas pressões sobre os gastos”.
Fitch espera que a economia do Brasil se recupere a partir de 2021
A Fitch ainda aponta os crescentes vencimentos da dívida interna de curto prazo em meio a um pesado fardo da dívida pública tornam o País vulnerável a choques, “incluindo mudanças na confiança dos investidores domésticos e nas condições de financiamento”.
“Embora a equipe econômica esteja comprometida em retornar à sua agenda de reformas em 2021, o ambiente político permanece fluido, reduzindo a visibilidade e previsibilidade do processo. A Fitch espera que a economia se recupere a partir de 2021; no entanto, a incerteza em torno dos desenvolvimentos políticos e políticos, combinada com um ressurgimento de infecções globais por coronavírus, continuam a turvar o panorama”, destaca o documento.