A fintech iugu, que tem como foco a automatização de sistemas de cobrança, recebeu o aval do Banco Central (BC) para virar uma instituição de pagamento. A autorização foi concedida nesta quinta-feira (27). Sendo assim, a fintech aumentará sua oferta de serviços para empresas, o que inclui conta, cartão e ferramentas de transferência de dinheiro e pagamentos de boleto.
A informação sobre a autorização da empresa para atuar neste meio foi publicada pelo “Diário Oficial da União”, depois de três anos e meio de análise pelo BC. Com a nova função, a iugu poderá oferecer serviços de folha de pagamento. “A licença nos dá a oportunidade de oferecer serviços de forma direta”, disse Patrick Negri, presidente da fintech.
“A iugu surgiu com foco em recebimento, mas agora vamos poder oferecer pagamentos. Fica muito mais fácil ter uma conta que atende as necessidades dos nossos clientes e eles podem reduzir a dependência dos bancos”, afirmou Negri.
A iugu possui aproximadamente 50 mil contas ativas e espera-se que ela chegue a 200 mil até o fim de 2021. O foco da fintech são as companhias de pequeno porte, porém ela já trabalha também com empresas que possuem cerca de 600 colaboradores. A fintech cobra mensalidades, para administrar os serviços, entre R$ 99 e R$ 1,5 mil, variando conforme o pacote contratado.
Negri disse que a pandemia de coronavírus diminuiu o ritmo de crescimento das empresas de serviços, porém fortaleceu o segmento do varejo. “Quem vende produtos teve de correr para o on-line”, afirmou o presidente da fintech.
Segundo informações do jornal “Valor Econômico”, a receita da iugu teve alta de 150% ao ano no últimos oito anos. No ano passado, a receita da fintech foi de R$ 40 milhões e a estimativa para 2020 é que ela fique de R$ 80 milhões a R$ 90 milhões.