Após França e Irlanda demonstrarem descontentamento com as políticas ambientais do Brasil, foi a vez da Finlândia, que possui a presidência rotativa da União Europeia, mostrar-se contra o incêndios na Amazônia. O país europeu está estudando a viabilidade de pedir para a UE deixar de importar carne bovina do Brasil.
“O ministro das Finanças, Mika Lintila, condena a destruição da Floresta Amazônica e sugere que a UE e a Finlândia devem considerar urgentemente a possibilidade de banir a importação de carne bovina brasileira”, comunicou o Ministério das Finanças da Finlândia em um comunicado.
No ano passado, o Brasil exportou US$ 544,3 milhões de carne bovina a União Europeia. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espacial (Inpe), o número de queimados cresceu 82% na região amazônica no período julho-agosto.
Acordo UE-Mercosul em risco
As queimadas na Amazônia e as declarações do presidente Jair Bolsonaro, sobre o caso, tem feito líderes europeus se posicionarem contra o acordo entre o Mercosul e a União Europeia.
O escritório da França acusou o presidente Jair Bolsonaro de mentir na cúpula do G20 sobre as questões ambientais do Brasil. De acordo com o escritório, a mentira foi usada como estratégia para minimizar as preocupações com as mudanças climáticas. Dessa forma, o país se opõe entre o acordo Mercosul e UE.
Veja também: Amazônia: Declarações de Bolsonaro preocupam governo
Na última quinta-feira (22), o presidente da França, Emmanuel Macron, também mostrou insatisfação com o que está ocorrendo no Brasil. Ele convocou os países membro da cúpula G7 para debater as queimadas na Amazônia.
Além disso, o primeiro ministro da Irlanda, Leo Varadkar, ameaçou de se posicionar contra o tratado caso o Brasil não respeite às normas ambientais. “De maneira alguma a Irlanda votará a favor do acordo de livre-comércio entre UE-Mercosul se o Brasil não cumprir seus compromissos ambientais”, disse Varadkar.
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