Financial Times terá primeira mulher como nova editora-chefe

O jornal britânico “Financial Times” anunciou, nesta terça-feira (12), que Roula Khalaf será a primeira mulher a ocupar a função de editora-chefe do veículo desde a fundação, em 1888. A jornalista substituirá Lionel Barber, que esteve no cargo por 14 anos.

Desde 2016, Khalaf comanda o setor de planejamento estratégico da redação do Financial Times. O cargo é o segundo maior no nível hierárquico do jornal.

Entre as iniciativas lançadas pela jornalista, está o Trade Secret, um serviço de notícias direcionado para o comércio internacional. Além disso, Khalaf liderou um grupo de 100 correspondentes internacionais do jornal.

A jornalista também foi responsável por comandar grandes coberturas no Oriente Médio, como a guerra do Iraque e a Primavera Árabe, em 2011.

Khalaf afirmou que está emocionada por assumir o cargo principal da “maior organização noticiosa do planeta”.

O presidente do Nikkei Group, empresa de mídia do Japão que é dona do jornal, Tsumeo Kita, afirmou que os 24 anos de Khalaf no jornal provavaram sua integridade.

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“Tenho plena confiança em que ela levará adiante a missão do FT de produzir jornalismo de qualidade, sem medo e sem favorecimentos”, afirmou o executivo.

Lionel Barber como editor-chefe do Financial Times

Por meio de um e-mail enviado aos funcionários, Barber salientou que ocupará o cargo até janeiro do ano que vem. O jornalista afirmou que deixará “o melhor emprego do jornalismo”.

“Quando assumi como editor, prometi restaurar o padrão mais elevado de comentário e reportagem no FT, e ajudar o conselho a construir um negócio lucrativo e sustentável”, escreveu Barber.

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O presidente do Nikkei comentou também a saída de Barber do cargo. De acordo com Kita, embora a saída do jornalista seja triste, é hora de iniciar um novo capítulo.

“Ele transformou a redação do FT em uma operação primordialmente digital de classe mundial, produzindo uma combinação única de reportagens profundas e originais e comentários poderosos. O jornalismo do Financial Times jamais esteve mais forte”, afirmou Tsumeo Kita.

Giovanna Oliveira

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