O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o mistério em torno do novo arcabouço fiscal está chegando ao fim. Nesta terça (28), o líder da área econômica disse que o projeto será apresentado ao Congresso e à população em geral ainda nesta semana.
“Precisamos de reforma no sistema de crédito, arcabouço fiscal, que vai ser apresentado nesta semana para o público e para o Congresso”, disse Fernando Haddad durante a XXIV Marcha dos Prefeitos, organizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).
No evento, o responsável pela política econômica do governo Lula ressaltou que a reforma tributária é um dos caminhos necessários para que o Brasil recupere o tempo perdido na economia, juntamente com a reforma do crédito e a apresentação do novo arcabouço fiscal.
Não tenho a menor dúvida que a reforma tributária é um dos caminhos necessários para isso (crescimento econômico). Não é único.
O ministro também disse que a reforma tributária vai colocar transparência no sistema de cobrança de impostos visto hoje, segundo ele, como entrave ao desenvolvimento: “Reforma tributária está no topo das nossas prioridades, talvez entre as 3 ou 5 mais importantes”.
E o arcabouço fiscal?
Inicialmente, a previsão era de que a política que substituirá o teto de gastos fosse apresentada após a viagem de Lula à China. No entanto, o presidente foi diagnosticado com broncopneumonia e, por isso, ele não foi ao país asiático.
Gabriel Galípolo, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, disse na segunda (27) que a permanência do político no Brasil deve facilitar a apresentação da nova regra fiscal.
“É preciso mostrar ao mercado que parâmetros vão controlar relação dívida/PIB”, destacou o secretário-executivo em um evento da Arko Advice, de acordo com informações publicadas pelo Valor Econômico. No evento, Galípolo também argumentou que o arcabouço fiscal precisa ser desafiador, mas crível.
Em entrevista à TV 247 na semana passada, Lula já havia avisado que precisava discutir a proposta do novo arcabouço fiscal “um pouco mais” com a sua equipe. “É preciso discutir um pouco mais. A gente não precisa ter a pressa que algumas pessoas do setor financeiro querem”, afirmou o presidente na ocasião.
Com Estadão Conteúdo