O Fundo Imobiliário Maxi Renda (MXRF11) está focando sua estratégia de gestão em manter um portfólio de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) de “boa qualidade”, informa o relatório gerencial de outubro. Segundo o documento “existem prêmios implícitos nas taxas dos papéis, que permitem que o Fundo consiga gerar ganho de capital em operações no mercado secundário”.
Nesse sentido, o FII MXRF11 seguiu com a estratégia de reciclagem do portfólio de CRIs, com destaque para as alienações dos CRIs Even, Clariant | BRF | Atento | Aptiv e Fibra Experts, com valor total de R$ R$ 108,95 milhões.
Já na parte de aquisições, três novos certificados imobiliários entraram para o portfólio do MXRF11, são eles:
- CRI Emiliano, a uma taxa de IPCA + 6,00% a.a. – R$ 6 milhões;
- CRI Vitacon, a uma taxa de IPCA + 6,50% a.a – R$ 32 milhões; e
- aumento de posição no CRI Via Varejo (a IPCA + 6,05% a.a.) – R$ 5,3 milhões.
“Com as operações realizadas pelo time da gestão durante o mês de outubro, o Fundo encerrou com ganho de capital de aproximadamente R$ 5,80 milhões”, diz relatório do Maxi Renda.
Book de FIIs e permutas financeiras do Maxi Renda
De acordo com o relatório gerencial, o time de gestão do MXRF11 segue com uma postura mais seletiva no que tange a novos investimentos em FIIs, eles afirmam que se trata de uma alocação tática para o fundo imobiliário.
No mês de outubro, o investimento no book de FIIs do Maxi Renda somou R$ 70 milhões, distribuídos nos seguintes ativos:
- FII Brio Multiestratégia (BIME11), no valor de R$ 10 milhões;
- FIIs Succespar Varejo (SPVJ11) e Guardian Logística (GALG11), juntos, valendo R$ 60 milhões.
A carteira de FIIs encerrou o mês de outubro com saldo de R$ 245,10 milhões.
Já no book de permutas, o Fundo investiu em dois projetos localizados em bairro nobre da zona sul de São Paulo (SP). São eles o projeto Pinheiros 1, no valor de R$ 100 mil, e o projeto Jardim Europa, no valor de R$ 13,08 milhões. Além disso, o FII investiu R$ 12,47 milhões em novo projeto também localizado na zona sul de São Paulo, próximo ao aeroporto de Congonhas.
Já na parte de desinvestimentos em permutas financeiras, o Maxi Renda concluiu emoutubro o desinvestimento completo no projeto Vila Olímpia 1. Em relatório, a gestão conta que todos os critérios de retorno e qualidade exigidos pelo Fundo foram atendidos.
Com isso, após a conclusão das obras e a finalização do repasse de vendas (período que durou aproximadamente 2,5 anos), o Fundo obteve o MOIC (múltiplo de capital investido) consolidado de 1,74x, “reforçando o diferencial estratégico das permut as financeiras para a rentabilidade do portfólio”, destaca relatório.
A carteira de Permutas encerrou o mês de outubro com saldo de R$ 306,98 milhões.
Rendimentos do MXRF11 em outubro
Os rendimentos do Maxi Renda em outubro foram de R$ 0,09 por cota, totalizando R$ 20,34 milhões. Por ativo, os ganhos ficaram distribuídos da seguinte forma:
- as permutas financeiras renderam R$ 1,7 milhão no mês,
- o book de CRI gerou R$ 17,56 milhões, e
- a carteira de FII resultou em R$ 1,14 milhão.
“A distribuição no mês de outubro para os detentores de cotas do MXRF11 no valor da cota patrimonial (R$ 10,02) representa aproximadamente 186,97% do CDI no período, já livre de impostos”, destaca relatório.
O Maxi Renda atingiu 468.946 cotistas em outubro e fechou com patrimônio líquido de R$ 2,264 bilhões.
Em relação à liquidez, as cotas do fundo tiveram 286.540 negociações no período, movimentando um volume de R$ 106,9 milhões. A liquidez média diária do MXRF11 na bolsa de valores foi de R$ 5,35 milhões e a cotação no mercado secundário fechou o mês a R$ 10,03 por cota.