FII KINP11 desaba no IFIX após avisos da própria gestora sobre preço das cotas

A cota do FII KINP11 caiu 5,82% nesta terça-feira (27), para R$ 8,90. Nos últimos cinco dias, o fundo já despenca 40,86%.

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Na quarta-feira passada (21), o FII encerrou o pregão valendo R$ 17,24, sua máxima desde então.

O motivo por trás da queda do KINP11 é explicado, segundo reportagem do site Pipeline, do Valor Econômico, pelos alertas da própria gestora do fundo imobiliário, a Kinea, e de sua administradora Intrag. Em comunicados, foi destacado que o preço por cota estava inflado, o que traria prejuízos de mais de 60% para os novos entrantes.

Os gestores do fundo divulgaram um vídeo falando sobre a precificação incorreta das cotas, uma vez que os avisos anteriores não foram ouvidos pelo mercado. Isso levou à queda acentuada dos últimos dias.

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O Even Permuta Kinea FII foi criado em 2017, com prazo de validade definido em seu regulamento até 2023, com amortização do capital aplicado pelos investidores ao longo do tempo. O KINP11 é um fundo de desenvolvimento com objetivo de gerar ganhos de capital aos cotistas por meio da participação em empreendimentos imobiliários desenvolvidos com a Even (EVEN3).

As distribuições de dividendos feitas recentemente pelo fundo atraíram novos cotistas, de ollho no dividend yield (rendimentos de dividendos) acima da média do mercado. Só que os investidores somaram equivocadamente dividendos e amortização.

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A última distribuição, feita em agosto deste ano, foi de R$ 0,60 por cota, mas somente um terço do valor era referente aos rendimentos. Em vídeo, o gestor de real estate do KINP11, Marcel Chalem, disse que “não dá para fazer a conta de yield nesse fundo”.

A reportagem do Pipeline exemplifica: o investidor que adquiriu a cota recentemente a R$ 15 só vai ter de volta R$ 9,70.

A Kinea começou então a incluir nos relatórios mensais uma tabela de referência sobre o valor restante para distribuir, para que os cotistas utilizem o rendimento de referência para o preço de cota. Aos que estão com alocações no KINP11 desde seu início, o retorno deve ficar na casa de 10,5% mais IPCA.

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Victória Anhesini

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