FII IRDM11 foca em desempenho e não fará emissões de cotas neste semestre

O fundo imobiliário Iridium Recebíveis Imobiliários (IRDM11) não realizará novas emissões de cotas neste primeiro semestre de 2022, informa o último relatório gerencial divulgado pelo fundo. Segundo a gestão, o foco nesses seis meses iniciais será na reciclagem de portfólio e na melhora da performance do FII.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2020/08/62893415-minicurso-fundos-imobiliários.png

“Após esse período, a equipe de gestão [do IRDM11] fará uma avaliação sobre a evolução do cenário econômico para definir se haverá emissões futuras”, diz o documento do fundo de papel.

Em abril, o relatório gerencial do Iridium aponta que todas as frentes de renda do FII tiveram impactos positivos que resultaram em bons rendimentos. A receita dos ativos somou R$ 44,93 milhões no período, alta de 6,3% frente aos valores de março.

A carteira de FIIs apresentou elevação em termos de receita recebidas, mesmo com a alocação tendo diminuído ao longo dos últimos meses. O montante foi de R$ 12,1 milhões no mês, cerca de 18,5% maior na comparação mensal.

Já na carteira de CRIs a receita de juros subiu e a receita da correção monetária ficou levemente aquém em relação a março de 2022. Ainda assim, no geral, a receita cresceu 2,9% para R$ 31,82 milhões.

Com isso, a distribuição de dividendos do IRDM11 em abril foi de R$ 1,26 por cota, equivalente a 1,31% de dividend yield mensal. Em termos anualizados, o dividend yield do fundo chega a 14,71%, indica o relatório gerencial.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2022/06/Banner-Noticias-1000x325-1.jpg

IRDM11 tem valores acumulados em CRIs

Em relação à correção monetária dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), o Iridium esclarece em documento que só considera como resultado mensal para ser distribuído aos cotistas os lucros auferidos em regime caixa. Ou seja, valores que foram movimentados em caixa no período de referência.

Com as sucessivas altas da inflação nos últimos meses, a gestão do IRDM11 explica que alguns ativos indexados ao IPCA têm obtido resultados acima do que o fundo consegue gerar em caixa ao longo de um mês, de modo que o dinheiro tem ficado reprimido.

“Isso ocorre por causa da forma da atualização monetária presente nessas operações, que varia de operação para operação e pode apresentar descasamento na regra da atualização monetária”, diz o relatório gerencial.

No final das contas, o FII IRDM11 está com resultados acumulados em CRIs atrelados à inflação. O valor já está na casa dos R$ 42 milhões e consta para recebimento futuro, sem prejuízo aos pagamentos e movimentações atuais.

“A carteira do fundo permanece integralmente adimplente, o caixa está em patamares saudáveis e o processo de reciclagem da carteira de CRIs e FIIs continua, a fim de otimizar o retorno e pulverizar os riscos.”

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Planilha-controle-de-gastos.png

Rendimentos do Iridium

Os dividendos referentes ao mês de abril foram pagos aos cotistas do IRDM11 em 17 de maio, no valor de R$ 1,26 por cota. Considerando o valor de fechamento da cota no mês (R$ 106,72), o resultado equivale a 185,14% do CDI com um gross-up de 1,54% de impostos, indica o relatório gerencial do Iridium.

O fundo imobiliário fechou o mês passado com um patrimônio líquido de R$ 3,17 bilhões ante um valor de mercado de R$ 3,52 bilhões, distribuídos em 33.044.581 cotas.

Em relação à liquidez, as negociações de cotas do fundo em abril movimentaram um volume de R$ 172,66 milhões, muito abaixo dos R$ 348,03 milhões do mês anterior. A rentabilidade do período ficou negativa em 2,35%.

O valor patrimonial da cota do FII fechou em R$ 96,04 a unidade, enquanto a cotação do IRDM11 no mercado secundário encerrou o mês valendo R$ 106,72 cada.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/Ebook-Acoes-Desktop-1.jpg

Monique Lima

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno