FII GTLG11 compra quatro centros logísticos a 30 km de São Paulo, por R$ 1,3 bilhão
Recém-listado na bolsa brasileira, o fundo imobiliário GTIS Brazil Logistics (GTLG11) comprou quatro centros logísticos localizados a menos de 30 quilômetros da cidade de São Paulo, na região do Rodoanel. A transação realizada na última segunda-feira (18) custou R$ 1,37 bilhão.
Os centros logísticos pertenciam a dois fundos de private equity da GTIS Partners, gestora do FII GTLG11, que estão em processo de desinvestimentos. Com isso, a gestora transferiu os ativos para o novo fundo imobiliário.
A listagem do GTIS Brazil Logistics aconteceu há dois meses, por meio de uma oferta restrita, exclusiva a investidores profissionais e qualificados, com mais de R$ 10 milhões em investimentos na bolsa de valores. As maiores alocações na estreia foram da XP Asset e da Capitânia.
Parte do dinheiro pago na compra dos centros logísticos veio da oferta de cotas do GTLG11, cerca de R$ 717 milhões. Os R$ 650 milhões restantes foram angariados por meio da emissão de certificados de recebíveis imobiliários (CRIs).
Os ativos adquiridos pelo GTLG11 foram:
- CLE – Centro Logístico Embu: 45 de um total de 62 galpões industriais
- DCB – Centro de Distribuição Barueri: a totalidade do empreendimento imobiliário
- DCC – Centro de Distribuição Cajamar: 15 de um total de 22 galpões industriais
- DCR – Centro de Distribuição Rodoanel: a totalidade dos galpões industriais do empreendimento
A taxa de ocupação do portfólio está em 89% e os ativos somam mais de 337 mil metros quadrados e área bruta locável. Os contratos com clientes são atípicos, com exceção de um, que representa 10% da receita total do FII GTLG11.
Rendimento do fundo imobiliário GTLG11
De acordo com o Brazil Journal, a GTIS Partners projeta um rendimento de 8,4% para o portfólio no primeiro ano. Ao final do quinto ano, a expectativa é de 9,5% em rendimentos para o fundo imobiliário.
Após esses cinco anos, o período de carência dos CRIs termina e os rendimentos começam a declinar. A gestora prevê que o fundo GTLG11 aproveite novas janelas de mercado para fazer mais emissões de cotas nesse meio-tempo e pagar com adiantamento parte da dívida.
“São ativos AAA, com uma localização muito estratégica, locados em grande parte para players de e-commerce”, disse Maristella Val Diniz, gerente de RI da GTIS, ao Brazil Journal.
A executiva acrescentou ainda que a tese de investimentos do fundo imobiliário GTLG11 é de que a migração de consumo para as compras online não tem volta e as empresas vão buscar cada vez mais formas de entregar os produtos mais rápido.