O Galápagos Fundo de Fundos Imobiliários (GCFF11) divulgou nesta terça-feira (27) seu relatório mensal. A empresa afirma que a gestão decidiu adotar “um tom conservador” e realizou a distribuição de rendimentos no limite de 95% dos lucros auferidos no semestre, apesar de um desfecho positivo em relação à tributação de rendimentos de fundos imobiliários.
O GCFF11, que completou um ano em junho, destacou o impacto negativo para o IFIX quando a proposta de taxação de rendimentos de FIIs foi anunciada e reforçou a discussão sobre a manutenção da isenção como positiva para a indústria de fundos imobiliários.
“A tributação dos rendimentos era uma preocupação de muitos investidores e impedia a entrada e/ou aumento de posições”. diz o relatório.
“Com a isenção mantida, será possível considerar que o tema, após a formalização da retirada do assunto da reforma, estará pacificado”, avalia o fundos de fundos (FoFs).
Além disso, o relatório comenta sobre o resultado mensal do FII, que mostrou rentabilidade negativa em 1,9%, enquanto o IFIX apresentou um retorno negativo de 2,19% no período.
O GCFF11 afirma ter sofrido impacto relevante ao final de junho com a entrega da proposta inicial da reforma tributária, que incluía a taxação de 15% sobre os rendimentos dos Fundos Imobiliários em 2022.
Por ser um fundo de fundos, parte do patrimônio do GCFF11 vem de rendimentos de fundos em que ele investe.
Assim, o relatório afirma que “está recolhendo o imposto de renda sobre os ganhos de capital realizados na venda de FIIs, porém a Gestora já está em análise de alternativas para que seja reconhecido o direito do Fundo em não se sujeitar ao recolhimento. Até a data base deste relatório, o IR recolhido pelo GCFF11 representava, aproximadamente, R$ 1,08/cota.”
E ele não está sozinho nessa batalha. Outros gestores a advogados também estão tentando desconstruir o entendimento na Justiça de que FII não têm direito à isenção de Imposto de Renda sobre o ganho auferido na alienação de cotas de outros fundos.
Atualmente existem 22 processos e 12 sentenças, todas desfavoráveis ao setor, conforme segundo reportagem do Valor Econômico, citando levantamento da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).
GCFF11 movimentou R$ 134,4 mi em 1 ano
Um dos destaques do relatório é que o fundo imobiliário movimentou R$ 134,4 milhões durante seus 12 meses de vida. Desse total, R$ 112 milhões foram levantados após sua segunda emissão de cotas.
Já a sua performance desde a sua primeira integralização foi de 7,94% sobre o patrimônio inicial, ao passo qo índice DI acumulou uma alta de 2,44%.
Última cotação
A cota do GCFF11 encerrou o pregão de hoje em queda de 0,14%, valendo R$ 88,13. No ano, o papel acumula uma queda de 14,69%, frente ao fechamento a R$ 103,30 ao final de dezembro.