HGLG11: fundo imobiliário perde IBM, Bosch e Ericson, mas vacância fica sob controle em maio
O HGLG11, fundo imobiliário de logística da Credit Suisse Hedging-Griffo, enfrentou a perda de inquilinos em maio. No entanto, o fundo conseguiu manter a vacância sob controle, resultando em uma receita total de R$ 24 milhões.
Durante o mês, a IBM formalizou o distrato de locação de um dos três prédios detidos pelo HGLG11 no condomínio Tech Town, em Hortolândia (SP). Com isso, após a devolução, a vacância no imóvel será de dois prédios inteiros e 60% de outro.
“Estamos avançando com a locação desta unidade recém devolvida, de forma que o impacto da devolução deverá ser neutralizado em breve, caso a negociação com o novo inquilino seja bem-sucedida”, disse a gestora. Mesmo assim, vacância física caiu para 8% em maio, menor patamar dos últimos 12 meses.
Nesse mesmo sentido, foi observado o aumento da vacância em função da devolução de um módulo da Bosch no HGLG Itupeva, além da devolução de uma área de 3.000 m² pela Ericson no HGLG São José.
Por outro lado, segundo a gestora, uma série de eventos impactaram positivamente a distribuição dos resultados, como o retorno positivo dos diferimentos de aluguéis negociados durante o primeiro semestre do ano passado e venda de cotas de FIIs que geraram lucro nominal líquido de R$ 103 mil.
O relatório gerencial do mês passado também destacou a venda do terreno de Extrema (MG), resultando em um lucro total a apurar de R$ 44 milhões (R$ 2,39 por cota), praticamente dobrando o capital investido em cinco anos. O fundo já recebeu a primeira parcela do negócio, no valor de R$ 17,31 milhões.
Custo de obras pressiona expectativas do HGLG11
A partir do segundo semestre de 2019, a gestora do HGLG11 decidiu alocar parte do patrimônio do gundo em desenvolvimento e construção de novos imóveis. Desde então, o custo das obras aumentou significativamente.
O Índice Nacional de Custo da Construção – Disponibilidade Interna (INCC-DI) de 12 meses estava, em abril de 2020, em 4,06% e avançou para 12,99% em maio de 2021. O aumento foi acompanhado pela alta do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) e Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A gestora comentou que, naturalmente, os retornos esperados pelos desenvolvimentos irão diminuir. “No entanto, no médio prazo, a equipe de gestão acredita que haverá um ajuste generalizado (considerando o mercado como um todo) nos valores de aluguel, tanto impulsionado pela inflação e aumento de custos de reposição, quanto pela demanda de imóveis logísticos.”
A equipe de aquisições tem buscado oportunidades de investimento em regiões mais maduras e consolidadas, com maior potencial de aumento dos alugueis, de forma a se adequar ao cenário atual.
O aluguel por metro quadrato total em maio ficou em R$ 21, considerando todo o portfólio. O fundo imobiliário destacou que 74,3% da receita contratada tem contratos com vencimento a partir de 2025.
O HGLG11 encerrou o mês de maio com 280.532 cotistas, apresentando um resultado de R$ 1,18 por cota no período. O valor de mercado ficou em R$ 3,1 bilhões, com volume médio diário de negociações de aproximadamente R$ 5,6 milhões e presença em 100% dos pregões do mês.