Escolher um FII (fundo imobiliário) de tijolo para integrar a carteira, ou como alvo de um novo aporte, pode ser a melhor decisão do momento, diz Gustavo Asdourian, da Guardian Gestora.
Considerando que nos meses passados o FII de papel foi uma classe de ativo considerada atrativa, já que a inflação subiu sucessivamente, aumentando os dividendos de fundos com carteira atrelada ao IPCA.
Esta matéria faz parte da Semana de Fundos Imobiliários do Suno Notícias, que começa hoje vai até sexta-feira (30), com o apoio da Guardian, Fator, Mauá Capital, TRX e HSI. Você pode acompanhar tudo neste link.
Em entrevista ao Almoço com Gestor, quadro semanal do YouTube do Suno Notícias, o gestor destacou que o momento é de uma mudança nesse cenário, com possibilidade de aumento de dividendos de FIIs desse segmento.
“Neste último mês percebemos uma alta dos fundos de tijolo. O GALG11 [FII da Guardian] foi junto, no segmento de logística, e isso mostra o investidor migrando com base nessa preocupação de deflação. Achamos, em nossa visão, que de fato o Banco Central veio subindo juros para conter a inflação, e teremos um crescimento de PIB mais fraco no ano que vem, segundo as previsões. Com o BC cortando juros no ano que vem, em fechamento de curva, devemos observar uma reação nos preços de FIIs de tijolo e de bolsa de uma forma geral”, diz o gestor.
- Banco do Brasil (BBAS3) é ‘grande escolha de gestores’, mostra XP
- Quanto investir em HGLG11 para ter uma renda mensal de R$ 1000?
- Petrobras (PETR4): “Com eleição, preferimos não investir na empresa”, diz gestor
- ‘Independente da crise, nosso fundo nunca caiu mais do que 4%’, diz gestor de fundo quantitativo da Rio Bravo
Apesar disso, o especialista pondera que não é possível precisar ao certo quando o mercado deve ‘entregar’ mais altas para os fundos, o que deve depender do comportamento da política monetária.
“Não sabemos se o aumento dos fundos virá neste ano, no pós eleições, ou em uma eventual queda da taxa de juros [Selic] no ano que vem”, aponta.
Asdourian lembra que a sua gestora também tem feito movimentos para rotacionar portfólio em decorrências das retrações recentes no IPCA.
Como exemplo, o gestor cita uma transição da carteira do FII de papel da casa, saindo de um portfólio voltado para o IPCA e indo em direção ao CDI.
“Os fundos de papel têm sido comentados atualmente justamente por esse motivo [inflação]. A maior parte deles tem carteiras atreladas ao IPCA. Agora, com o IPCA desacelerando, os investidores questionam essa estratégia. No nosso caso, no GAME11, que é o Guardian Multiestratégia, fundo da casa, optamos por girar a carteira. Preferimos trocar o indexador. No mês passado tínhamos cerca de 20% da carteira atrelada ao CDI. Agora temos 30% e devemos caminhar para algo perto de 40% ou 50%, preservando os dividendos futuros”, relata.
‘FII de tijolo é boa escolha para mais dividendos’
Ainda nesta semana, especialistas consultados pelo Suno Notícias mostraram otimismo com o setor, projetando que FIIs de tijolo devem aumentar os dividendos com o cenário macroeconômico atual.
Segundo Rafael Ohmachi, gestor de portfólio da RB Asset, há um movimento de redução da vacância sobretudo em lajes corporativas, o que pode mostrar retornos maiores no futuro.
O especialista estima “bastante upside pela frente”.
Além disso, os fundos de tijolo encontram-se em patamar relativamente descontado. Um levantamento da Vectis Gestão mostra que de um total de 87 fundos com patrimônio acima de R$ 200 milhões, 79% possuem valor de mercado inferior ao valor patrimonial, sendo que 45 fundos apresentam desconto superior a 10%. Com esse dado, Sérgio Tormina, da Vectis, afirma que “a maior parte dos fundos de tijolo apresenta descontos relevantes”.
Já investe em FIIs de tijolo? Então participe do maior evento presencial de Fundos Imobiliários e esteja cara a cara com os principais gestores do mercado. Clique aqui e garanta o seu lugar! Vagas limitadas