A briga interna na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) pode finalmente ter chegado ao fim. Nesta quinta-feira (26), o presidente da entidade, Josué Gomes da Silva, e seu antecessor, Paulo Skaf, assinaram uma nota conjunta que promete ser a “superação de divergências”.
Após momentos de discussões internas e externas que representaram “um dos grandes desafios na história de mais de 90 anos” da entidade, Josué e Skaf contam, na nota conjunta, que chegaram à conclusão de que cabia a eles dar o exemplo de “superação de divergências”.
Vale lembrar que nos últimos meses, a Fiesp enfrentou uma intensa disputa política. Josué passou a ser acusado de ser distante da entidade e dos pleitos de interesse setorial. Além disso, parte da Fiesp enxergou no manifesto a favor da democracia como um desagravo ao então governo de Jair Bolsonaro.
Diante disso, no último 16 de janeiro, Gomes foi destituído da presidência pela maioria dos sindicatos presentes na assembleia realizada, fato inédito na história da entidade. A defesa do mandatário chamou de ‘golpe’ a decisão.
Agora, a nota assinada por Josué Gomes e Skaf afirma que eles irão trabalhar juntos pelo melhor funcionamento da entidade. No entanto, eles frisam que isso depende de uma gestão mais ampla e abrangente, com a participação de todos os filiados.
O acordo saiu após Josué aceitar dar maior voz aos sindicatos menores nas decisões da entidade. Isso porque eles teriam perdido o acesso fluido à entidade e atenção que recebiam na época da administração de Skaf e passaram a pedir a saída de Josué Gomes da Fiesp.
Decidimos usar toda a nossa energia, capacidade de liderança e de articulação para fortalecer a nossa entidade e impulsionar, a partir dela, o processo de reindustrialização do nosso país, fundamental para o avanço socioeconômico e a realização das mais nobres aspirações de nossa população.
Reconhecimento de pequenas e médias empresas
Além de destacar a importância da participação de todos os sindicatos na Fiesp, os empresários consideraram fundamental o reconhecimento contínuo e representativo de setores formados por pequenas e médias empresas.
Os dois haviam rompido quando a Fiesp, sob a liderança de Gomes, aderiu ao manifesto em defesa da democracia, lançado no mês de agosto em meio aos ataques contra o sistema eleitoral feitos pelo então presidente da República, Jair Bolsonaro.
“Trabalharemos juntos visando a contínua melhoria do funcionamento da nossa entidade e buscando atingir nosso propósito de impulsionar o desenvolvimento sustentável de nossa indústria e do nosso País”, prometem Josué e Skaf.
“Conclamamos a todos que abandonem eventuais diferenças e se unam a nós nesta jornada, com a certeza que estamos fazendo o melhor pela Fiesp e pelo Brasil”, conclui a nota conjunta.
Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo
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