A Fiat Chrysler registrou um prejuízo líquido de 1,69 bilhão de euros (R$ 10 bilhões) no primeiro trimestre de 2020. No mesmo período no ano passado, a fabricante de automóveis italiana havia registrado um lucro de 508 milhões de euros.
De acordo com a Fiat, o prejuízo foi devido ao cenário global atual de pandemia do novo coronavírus (covid-19). “A pandemia teve e continua a ter um impacto significativo em nossas operações”, informou a empresa em seu balanço.
A receita caiu 16%, no período de janeiro a março, de 24,48 bilhões de euros para 20,57 bilhões de euros. As vendas totalizaram 818 mil automóveis, esse valor é correspondente a uma queda de 21% de comparação de base anual.
Na América Latina foram 106 mil carros vendidos, representando uma queda de 12%, por sua vez, a receita líquida caiu 32%.
Na divulgação de seu balanço, a fabricante italiana confirmou que sua fusão com a montadora francesa Peugeot ainda está em andamento. As duas estão comprometidas com o negócio e esperam que o acordo seja ratificado.
“Juntos, os dois grupos continuam avançando nos vários fluxos de trabalho e fusão e continua comprometidos em concluir a transação até o final deste ano ou no início de 2021”.
A Fiat afirmou que tem boas perspectivas com a retomada das atividade na China e na Itália, porém, decidiu não retirar previsões de resultado para o ano.
Fiat e Peugeot aceleram o desenvolvimento da fusão
As montadoras Fiat Chrysler e PSA, controladora da Peugeot, aceleram o projeto de fusão das companhias. As informações foram divulgadas pelo presidente-executivo do grupo francês, Carlos Tavares, em mensagem interna, no dia 9 de março.
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A italiana e a francesa anunciaram em dezembro de 2019 que chegaram a um acordo de fusão, avaliado em US$ 50 bilhões. Com a confirmação do negócio, a nova empresa deverá ser a quarta maior montadora do mundo. O faturamento estimado é de 170 bilhões de euros.
A crise da pandemia da covid-19 afetou fortemente a demanda global por novos veículos. Nesse sentido, ambos os grupos da Fiat Chrysler e da PSA foram obrigados a suspenderem a produção ao redor do mundo.