A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) comunicou nesta segunda-feira (1) que tem planos para listar na bolsa sua subsidiária de automação industrial e robótica, Comau.
A unidade será cindida após a Fiat Chrysler finalizar a fusão com o Grupo PSA, empresa francesa da indústria automotiva dona das marcas Peugeot e Citroën. As ações serão distribuídas aos acionistas do que se espera se tornar a quarta maior montadora do mundo.
Nesse sentido, a FCA informou que o novo presidente executivo da Comau, Paolo Carmassi, foi nomeado para prosseguir com o planos de listagem. O CEO vem administrando, nos últimos quatro anos, a fabricante de equipamentos científicos Malvern Panalytical, unidade da Spectris. Carmassi também trabalhou por mais de 20 na multinacional de serviços de engenharia, Honeywell.
A companhia ainda nomeou Alessandro Nasi, membro do conselho de Exor, uma importante holding da família italiana Agnelli que controla a FCA, como novo presidente do conselho da unidade de automação e robótica.
A Exor deve se tornar a maior acionista do novo grupo após a fusão da FCA com a PSA, assim como deve deter a maior participação na Comau depois da listagem na bolsa.
O presidente executivo da FCA, Mike Manley, afirmou, por meio de comunicado, que as nomeações “são um passo significativo para a Comau, que se prepara para a vida como empresa listada”.
Fiat Chrysler e PSA se apressam para concluir fusão
O presidente do Grupo PSA, Carlos Tavares, declarou que a companhia no início de abril que a companhia está trabalhando com a FCA para finalizar a fusão entre as montadoras.
Conforme a agência “Automotive News Europe”, o CEO afirmou, por meio de comunicado interno assinado por ele, que as empresas se apressam para agilizar os detalhes pendentes para concluir a operação o quanto antes.
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Um dos motivos para a agilização da situação seria a queda acentuada na demanda por veículos nos mercados da América do Norte e da Europa em 2020, em função da pandemia do novo coronavírus. A Fiat Chrysler e o Grupo PSA vem sendo fortemente afetados pelos impactos da crise, que também forçou as montadoras a paralisarem as atividades na produção de automóveis.
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