A Fiat Chrysler (FCA) está negociando um empréstimo de três anos que pode chegar até US$ 6,8 bilhões. A linha de crédito terá garantia do governo italiano e será a maior já feita para uma montadora no país, desde o começo da pandemia de coronavírus (Covid-19). As informações foram publicadas pelo sindicato UILM (Sindicato Italiano dos Metalúrgicos, na sigla em português) no último sábado (16).
A Fiat confirmou ao sindicato (UILM) que solicitou o pedido de empréstimo ao Intesa Sanpaolo, grupo bancário italiano. A montadora tem como objetivo continuar pagando seus fornecedores e permanecer com seu plano de investimento no país.
Caso a linha de crédito seja aprovada pela instituição financeira italiana, o pedido deverá passar pela análise da agência italiana de crédito à exportação Sace SpA, pela qual o Estado fornece garantia. Logo depois, passará por uma análise do Tesouro, para receber aprovação final, de acordo com uma fonte ouvida pela “Reuters”.
O setor automotivo é um dos mais afetados pela crise provocada pela pandemia de coronavírus, que forçou a parada de diversas fábricas e prejudicou as vendas nos mercados do mundo inteiro.
Fiat Chrysler tem prejuízo no 1T20
A Fiat Chrysler apresentou um prejuízo líquido de 1,69 bilhão de euros (R$ 10 bilhões) no primeiro trimestre deste ano. No mesmo intervalo do ano passado, a companhia italiana havia registrado um lucro de 508 milhões de euros.
Segundo a Fiat, o prejuízo foi impulsionado pelo cenário global atual de pandemia do novo coronavírus. “A pandemia teve e continua a ter um impacto significativo em nossas operações”, comunicou a empresa em seu balanço.
A receita da Fiat caiu 16%, nos primeiros três meses, na comparação anual, de 24,48 bilhões de euros para 20,57 bilhões de euros.
