A expectativa da B3 (B3SA3) era encerrar 2021 com pelo menos sete fundos de investimentos nas cadeias produtivas agroindustriais (Fiagros) listados. A meta não foi atingida no ano passado, mas apenas nos primeiros 20 dias de 2022 três fundos já disponibilizaram suas cotas para negociação no mercado. Com isso, sobe para oito o número de Fiagros listados na bolsa brasileira, o que representa um acréscimo de 60% em comparação ao fechamento de 2021.
O mais novo estreante foi o fundo da Galápagos Capital (GCRA11), que iniciou na quarta suas negociações e encerrou o primeiro dia com ganhos superiores a 3%. Apesar de ter listado suas cotas apenas a partir desta semana, a gestora foi a primeira a criar um Fiagro no Brasil, em agosto do ano passado.
Contudo, a primeira emissão foi restrita. Uma segunda oferta, novamente restrita, ocorreu em dezembro do ano passado e agora a asset passa a negociar as cotas do fundo no mercado secundário.
“No acumulado de setembro a dezembro, o fundo apresentou uma rentabilidade de 6,74%, bem acima do do CDI do período. Acredito que os Fiagros possam ser mais rentáveis que CRI’s e CRA’s e com riscos mais controlados”, afirma Felipe Solzki, sócio e gestor de fundos imobiliários e do agronegócio da Galápagos Capital.
Para ele, o novo instrumento está em um processo natural de amadurecimento e ainda haverá uma migração de parte dos 1,5 milhão de investidores que hoje estão nos fundos imobiliários para os Fiagros.
O primeiro Fiagro a ter suas cotas listadas foi o da Riza Asset (RZAG11) em outubro do ano passado. Em três meses de negociação, os fundos de investimento que miram o agronegócio têm oscilado entre resultados positivos e negativos.
Considerando o desempenho desde o valor inicial da cota de cada fundo até o último negócio desta quinta (20), o fundo da Kinea Investimentos (KNCA11) é o que apresenta maior rentabilidade, de 5%. Contudo, foram apenas três dias de negociação.
Já a maior queda acumulada fica para o Fiagro da XP Investimentos (XPCA11). Em negociação desde novembro do ano passado, o fundo é o segundo mais antigo e registra até agora uma perda acumulada de 4,7%.
A segunda maior queda fica com o Fiagro da JGP Asset Management (JGPX11), que acumula queda de 2% de novembro do ano passado até agora. O único que, por enquanto, está no zero a zero é o fundo da FG/A Investimentos (FGAA11).
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