Em agosto de 2021, o Fiagro Galápagos Recebíveis do Agronegócio (GCRA11) estreou na bolsa de valores como o primeiro Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais. Naquele momento, a compra de cotas do Fundo estava disponível apenas para investidores qualificados – aqueles com mais de R$ 1 milhão investidos no mercado de capitais -, devido à oferta inicial ter sido restrita.
A partir desta quarta-feira (19), o Fiagro GCRA11 já pode ser negociado por investidores em geral. O Fundo concluiu sua segunda emissão de cotas, desta vez por meio da Instrução 400 da Comissão de Valores Mobiliários, que permite a negociação pública.
Primeiro Fiagro negociado na Bolsa brasileira, o GCRA11 captou R$ 50 milhões em sua primeira oferta ao mercado. Nesta segunda vez, a captação chegou a R$ 30,3 milhões. Ao todo, o Fundo atraiu 1.033 investidores, entre a primeira e segunda emissões, e tem 722.599 cotas em circulação.
O valor da segunda emissão foi de R$ 100,00, com prêmio em cima do seu valor patrimonial por cota, que está estimado em R$ 99,48. Já o patrimônio líquido do Galápagos Recebíveis do Agronegócio é de R$ 71,88 milhões.
Com a abertura para investidores pessoas físicas hoje, as cotas do Fiagro GCRA11 subiram 2%, valendo R$ 102,00.
Alocação do GCRA11
Em último relatório gerencial, a Galápagos Capital, gestora do Fiagro GCRA11, informou que encerrou 2021 com 67,6% do patrimônio líquido alocado em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e que “os recursos remanescentes já estão direcionados para operações em fase de estruturação e due diligence, com liquidação projetada para os próximos meses”.
Com isso, a carteira atual do Fiagro conta com oito CRAs divididos entre títulos indexados ao IPCA (53% do portfólio) e ao CDI (47% do portfólio). A taxa média ponderada de remuneração dos títulos são as seguintes: IPCA + 7,55% e CDI + 5,79%.
A diversificação da carteira do GCRA11 vai além dos indexadores dos títulos, ela também pode ser observada nos lastros de crédito, que estão distribuídos da seguinte forma, por setores:
- Sucroalcooleiro: 29,2%
- Revenda: 22,4%
- Alimentício: 12,1%
- Proteínas: 11,6%
- Cana-de-açúcar: 10,9%
- BioInsumos: 9,4%
- Eucalipto: 4,4%
Já em relação à diversificação geográfica, a exposição do Galápagos Recebíveis do Agronegócio está distribuída em 7 estados do Brasil. Os destaques ficam na maior posição nos Estados do Mato Grosso (37%), São Paulo (23%), Minas Gerais (12,8%) e Tocantins (9,4%).
Rendimentos do Fiagro GCRA11
Os rendimentos de janeiro do Galápagos Recebíveis do Agronegócio foram divididos entre os novos investidores e os cotistas que aportaram em agosto.
Para os primeiros investidores, a cota distribuída em janeiro foi de R$ 1,42, correspondente a um dividend yield de 17%.
Já os ganhos dos cotistas do GCRA11 que chegaram a partir da segunda rodada foi de R$ 0,18, referente ao rendimento diário do mês.
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