Fiagro Experience: acompanhe o evento da Suno sobre Fiagros
Acompanhe as notícias em tempo real Atualizado em: 29/10/2024 08:43O Fiagro Experience reúne nesta terça-feira (29) especialistas das principais gestoras do país para discutir um mercado em ascensão, com seus desafios e características marcantes. Acompanhe com a gente os principais insights do evento que acontece na Arena B3, em São Paulo.
Até a próxima!
Fica por aqui a edição 2024 do Fiagro Experience. A Suno agradece a todos os participantes, aos convidados que abrilhantaram os debates sobre o mercado de Fiagros e a você, que nos acompanhou ao longo de todo o dia.
Acompanhe em nossos canais nos próximos dias mais informações sobre o evento e o mindo dos Fiagros e do agronegócio.
Câmbio: dólar cai, mas só um pouco
A estimativa de Alessandra é de um câmbio com o dólar em torno de R$ 5,40 no ano que vem, a partir de uma combinação entre a alta da Selic no Brasil, a queda dos juros nos Estados Unidos e a possibilidade de ações apenas discretas de ajuste fiscal pelo governo. Com isso, o dólar até deve cair um pouco em 2025, mas sem um cenário promissor para a apreciação do real.
E o petróleo?
A sócia da Tendências aponta que analistas internacionais, de um modo geral, não temem uma escalada dos conflitos entre Israel e seus vizinhos no Oriente Médio, que podem influenciar os preços do petróleo, com consequências diretas, no caso do agronegócio, para o preço de fertilizantes.
Assim, a princípio, o principal combustível do planeta deve permanecer com preços estáveis. Mas ela e Gustavo Sung admitem que o cenário geopolítico global é bastante turbulento e pode mudar rapidamente.
Olho nas eleições norte-americanas
Alessandra explica que as eleições norte-americanas preocupam porque, independente da chapa vencedora, os dois candidatos parecem pouco preocupados com a realização de um ajuste fiscal: enquanto Kamala Harris defende o aumento de gasto público, especialmente na saúde, e Donald Trump prega a redução e impostos.
Nos dois casos, isso pode impactar diretamente na atividade econômica, com alta da inflação e possível permanência dos juros altos por mais tempo, o que tem consequências também na economia brasileira.
Mercados
Alessandra acredita que o Brasil não deve se preocupar com a dificuldade de retomada de crescimento da China, seu principal parceiro comercial, uma vez que o país tem outros mercados abertos para exportação e pode compensar eventuais perdas com a negociação de produtos de maior valor agregado.
Projeções de safra
Alessandra diz que, para a safra 2024/25 da soja, o Brasil deve registrar seu recorde de produção, o que deve manter os preços nos patamares atuais.
O milho deve ter um recuo na produção, enquanto no açúcar os impactos das queimadas e da seca prolongada na região Centro-Sul deve causar impactos na produtividade não só na próxima safra, mas na fase de plantio para o ciclo 25/26.
Quase no fim!
O último evento do Fiagro Experience 2024: uma mesa com Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, e Alessandra Ribeiro, sócia e diretora de Macroeconomia e Análise Setorial da Tendências Consultoria, com o tema “Cenário Para o Agronegócio Global e Brasileiro em 24/25”.
Recompra e recuperação
Gustavo Correa, da FG/A, destaca que uma vantagem dos fundos com a nova regulação de Fiagros emitida pela CVM, válida a partir de março, será a permissão para a recompra de cotas, o que possibilitará à gestão atuar em momentos como o atual, de forte desconto nas cotas, desproporcional à realidade.
Gabriel Perez, da AZ Quest, explicou que, com a mudança nas regras , será possível ter mais facilidade para eventuais casos de recuperação das operações estruturadas em casos de inadimplência, com maior possibilidade de execução das garantias em menos tempo.
Monitoramento próximo
Questionados pela mediadora sobre táticas para análise de risco, os gestores explicaram como seus fundos atuam.
Artur Carneiro diz que a Éxes busca operações estruturadas com garantias reais e um acompanhamento próximo de seus devedores, com visitas constantes e um monitoramento qualitativo do dia a dia do produtor.
Pulverização é a saída
Gabriel Perez destacou que a AZ Quest já tem 20 anos de experiência no mercado de capitais e que investia no agronegócio antes mesmo dos Fiagros, em suporte a investidores institucionais. Assim que o mercado nasce, a empresa c
ria seu Fiagro listado, o AAZQ11, com foco na construção de uma carteira pulverizada, financiando produtores de pequeno porte com baixo risco e boa relação comercial com o originador.
Observação atenta do mercado
Gustavo Correa diz que a FG/A atuou na estruturação de operações de crédito antes mesmo da criação dos Fiagros, e disse que a gestora, ao entrar no setor, conseguiu adotar uma postura que alterna opções mais conservadoras e oportunidades eventuais para aumentar o carrego. Ele diz ainda que a opção pelo setor sucroenergétixo foi feita após análise individual dos devedores.
Ele aponta ainda que o segmento, que ocupa hoje dois terços da carteira do FGAA11, tem como principal risco uma característica comum do agro: a voltilidade dos preços, dependendo da época do plantio e colheita da cana de açúcar.
Quinto painel
No quinto debate do Fiagro Experience 2024, o tema será “Riscos de Crédito e Alternativas de Financiamento Através do Mercado de Capitais”.
A mediação fica com Mayara Carneiro, da Suno Asset, e os debatedores serão: Gabriel Perez, da AZ Quest; Luis Gustavo Torrano Correa da FG/A; e Artur Carneiro da Silva, da Éxes.
Disputa por oportunidades
O cenário de turbulência no mercado de Fiagros, e no agronegócio como um todo, vêm algumas oportunidades, como a possibilidade de comprar de terras por preços abaixo do valor, diante da necessidade de alguns produtores para captação de capital.
Paulo Prado acredita que o cenário é positivo, mas disputado, já que muitas gestoras e empresas se mostram prontas a disputar essas oportunidades.
Marcio Takaya destaca que alguns investidores, com medo do atual crie, têm tentado se desfazer de cotas de Fiagros e de CRAs, abrindo boas possibilidades no mercado secundário.
Para Tadeu Barreto, o mercado viveu em período de “freio de arrumação”, para distinguir bem as diferenças entre Fiagros e Fundos Imobiliários, o que trará investidores mais conscientes para o setor.
Acompanhamento e conselhos
Paulo Prado, da Riza Asset, conta que a gestora faz um acompanhamento próximo de seus devedores, com revisões semestrais de status e visitas periódicas. Ele explica que em muitos casos a gestora age como conselheira, dando suporte para que os produtores possam crescer com tranquilidade e de forma sustentável.
Foco no high grade
O caso Agrogalaxy impactou diretamente vários Fiagros, e também acendeu os sinais de alerta nos outros fundos para a necessidade de cuidado com as aquisições de CRAs.
Marcio Takaya, no entanto, disse que a Sparta não precisou mudar seu foco, já que sempre buscou operações de perfil high grade, com maior segurança em detrimento de uma relação melhor entre risco e rentabilidade. Como a gestora não costuma fazer originações, o foco está em uma gestão ativa para encontrar bons papéis.
Discussão de estratégias
Questionado sobre estratégias para obter boas operações a preços sarisfatorios e boas taxas de retorno para os cotistas, Tadeu Barreto, da Itaú Asset, diz que as operações adquiridas pela empresa vêm de diversos lugares do Brasil e que o mercado enfrenta muitas vezes dificuldades para obter informações sobre os possíveis devedores. Por isso, a gestora tem funcionários espalhados pelo país para apurar essas informações.
Quarto painel
Começou o primeiro painel da tarde, com o tema “Fiagros em Ação: Fomento ao Agronegócio e Retornos Atraentes para Investidores”. Os participantes são: Márcio Takaya, da Sparta; Paulo Prado. da Riza Asset; e Tadeu Barreto, da Itaú Asset. A mediação é da analista CNPI Maria Fernanda Violatti.
Estamos de volta!
Vai começar a segunda parte do Fiagro Experience 2024, na Arena B3, em São Paulo. O primeiro evento após o almoço foi o lançamento da versão em Braile do “Guia Suno Fiagros” apresentado pelo editor Marcelo Maluhy.
Pausa para o almoço
Com o encerramento do terceiro painel, o Fiagro Experience agora faz uma pausa para o almoço e volta às 13h30. Até mais tarde!
Fiagros x CRAs: o que é melhor?
Os participantes da mesa, de forma unânime, concordam que os Fiagros e fundos em geral são mais vantajosos que CRAs e outros títulos de dívida, pois permitem maior diversificação, com o mesmo valor do investimento, e mais segurança, devido a um trabalho de captação realizado pelas gestoras que permite alocações mais seguras.
Fiagros no longo prazo
Daniel Magalhães concorda com o cenário projetado, em que empresas, no formato chamado de “asset light”, farão a ponte entre os Fiagros, como financiadores, e os produtores.
Vitor Duarte, da Suno Asset, acha que os Fiagros têm vantagem em relação a bancos pela possibilidade de oferecer crédito para operações de longo prazo para financiamento da estrutura, como o SNFZ11 vem fazendo na fazenda em que adquiriu, em Mato Grosso.
Fiagros na ponta
Tiago Reis disse que os Fiagros tendem a se tornar um duto permanente de financiamento para o agro, a partir da nova regulamentação.
José Alves Ribeiro, da VBSO, acredita que esse é um processo inevitável do médio e longo prazo, em que empresas especializadas poderão servir como intermediárias, observando com cuidado as características dos devedores.
Mudança vantajosa
Uma das novidades é a abertura para os Fiagros Multimercado, com liberdade para investimentos em diversos tipos de ativos financeiros e imobiliários ligados ao agronegócio.
Pra Daniel Magalhães, da Virgo, a medida é vantajosa, pois vai dar melhor margem de atuação para os fundos. Ele recorda que já houve casos de um Fiagro que executou a garantia, mas não pôde tomar posse da fazenda porque o mandato não permitia.
Terceiro painel
O terceiro painel do Fiagro Experience 2024 vai discutir as novas regulamentações para o setor de Fiagros, que valem a partir de março de 2025. O tema é “Resolução 175 e Nova Regulamentação CVM para Fiagros”, com mediação de Tiago Reis, chairman e fundador do grupo Suno, com presença de Vitor Duarte, CIO da Suno Asset, e dos convidados Daniel Magalhães, da Virgo, e José Alves Ribeiro Jr., da VBSO.
Cuidados adicionais
Marcelo Fiorelli destaca que um dos desafios para os Fiagros é participar de um grande reposicionamento do mercado, que ainda vê os bancos como principais financiadores, e que os fundos devem ter cautela ao buscar operações com produtores que ainda não estejam prontos para lidar com as características especificas do mercado de capitais.
Amadurecimento
O Brasil tem um mercado gigantesco e com muitas oportunidades, diz Alexandre Marco, e o processo de seleção dos melhores players, potencializado pela crise recentes, vai contribuir para um amadurecimento do setor, com operações mais seguras e mais rentáveis
Conhecimento é fundamental
Guilherme Grahl reforçou que o mercado de Fiagros ainda está em fase de amadurecimento, e que as estratégias de crédito dos fundos, aos poucos, tendem a se mostrar mais claras aos investidores. Para isso, ele aponta ser fundamental que as gestoras montem times capacitados com experiência no agro.
Maior pulverização
Marcelo Fiorelli, do BTG, destaca que o Fiagro serviu para pulverizar a oferta de crédito para os produtores agrícolas, antes concentrada em grandes bancos, e destacou que isso exige um cuidado extra das gestoras, que precisam estar atentas para escolher garantias que sejam facilmente executáveis, a fim de não prejudicar o cotista.
Demanda contratada
Alexandre Marco, da Kinea, acrescentou que o agronegócio brasileiro é um mercado com demanda contratada, já que boa parte do mundo depende da produção brasileira em uma série de commodities, e que as garantias devem ser constituídas de forma a oferecer uma solução para as duas partes do problema, se necessário.
Como realizar boas operações
Guilherme Grahl, da Valora, diz que uma boa operação de crédito começa com uma boa estruturação das garantias, para que o resultado seja bem sucedido, e que a gestora precisa de expertise para identificar os riscos e navegar bem no ambiente do agronegócio.
Segundo painel
Acaba de começar o segundo painel do Fiagro Experience, com o tema: “Recuperação de crédito e RJ: Desafios e oportunidades”. A mediação é de José Daronco, da Suno Asset, e os participantes são: Guilherme Grahl, da Valora; Alexandre Marco, da Kinea; e Marcelo Fiorellini, do BTG Pactual.
Impossível não investir
Vitor Duarte diz que os Fiagros de fato apresentam mais volatilidade e oscilações que os FIIs ou os fundos de infraestrutura, mas que é impossível não investir em agronegócio num país como o Brasil, em que o setor representa praticamente um quarto do PIB.
Janela de oportunidades
Marcos Bertomeu, da Fator, destaca que o momento de dúvidas, com preços descontados para vários Fiagros, abre uma janela interessante de oportunidades para investidores interessados em comprar com bom preço, desde que ele saiba encontrar as melhores teses e as boas gestões.
Preço e condições
Para a próxima safra, Osaki acha que os preços da soja tendem a permanecer em baixa, especialmente se as condições da safra forem boas e os resultados, positivos, já que um excesso de produção joga os preços para baixo.
Mesmo assim, ele aponta que o câmbio com dólar valorizado pode compensar os resultados para os produtores, já que as vendas são sempre negociadas em dólar.
Margens comprimidas
Osaki, do CEPEA/USP, explica que o agronegócio está acostumado a trabalhar com margens comprimidas, mas que alguns setores têm conseguido trabalhar com mais folga. Ele explicou ainda que os setores ligados à geração de energia têm boas possibilidades de operar com mais folga nas próximas safras.
Preço baixo pode ser oportunidade
Vitor Duarte destacou que o mercado tem muitos Fiagros sendo negociado com forte desconto, de até 30% em relação ao valor patrimonial.
Bertomeu, da Fator, explicou que esses encontros podem trazer boas oportunidades, mas o investidor deve estar atento para a segurança das carteiras em busca de portfólios sólidos. Afirmou, ainda, que a compra direta de CRAs aumenta o risco de investidor, e que os Fiagros reduzem esse risco a partir de uma gestão de qualidade, ampliando a diversificação dos investimentos.
Cenário de ajustes
Osaki destacou que esse momento é relevante para separar os players em condição sólida e aqueles com dificuldades.
Bertomeu destaca que, apesar das dificuldades e da necessidade de cautela, o cenário apresenta boas possibilidades para que as gestoras possam adquirir títulos seguros e em boas condições.
Momento ideal
Vitor Duarte abriu o painel dizendo que o Fiagro Experience chega no momento ideal, em que vários dos fundos do setor vêm sofrendo com volatilidade em suas cotações.
Mauro Osaki completa que os momentos de oscilação e ajustes são normais dentro do agronegócio, e que o momento atual tem uma queda acentuada pelos efeitos da invasão da Rússia à Ucrânia, que levou a uma alta no preço dos insumos.
Quem abre?
O primeiro painel do dia terá o tema “Desempenho da indústria de Fiagros frente às adversidades do ano safra 23/24”, com a participação de Mauro Osaki, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA/USP) e de Marcos Bertomeu, da Fator. A mediação será de Vitor Duarte, CIO da Suno Asset.
Vai começar!
A Suno abre daqui a pouco mais uma edição do Fiagro Experience, para discutir as últimas novidades sobre o mercado de Fiagros, que vem mostrando resiliência e força mesmo num cenário desfavorável. Em setembro, foram 10 mil novos investidores que se juntaram a um mercado que movimentou mais de R$ 4 bilhões neste ano.