Fiagro pode se beneficiar de “salto” no agronegócio, diz diretor da EloGroup

O mercado brasileiro de Fiagro, que cresce em ritmo acelerado, pode se beneficiar de um “salto” iminente no agronegócio nacional, segundo Octaciano Neto, diretor de agronegócio da EloGroup.

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A fala ocorreu em uma palestra sobre o mercado de Fiagro da segunda edição do FIIs Experience, maior evento de fundos imobiliários do Brasil, promovido pela Suno neste sábado (24).

O FIIs Experience acontece nos dias 24 e 25 de setembro, no Hotel Tivoli Mofarrej, e reúne especialistas do setor de investimento para discussões em diversas mesas. O evento é patrocinado pela Guardian Gestora, Fator, Mauá Capital, TRX Investimentos e Hemisfério Sul Investimentos.

Tema do painel, o mercado de Fiagro revela dados expressivos: o número de investidores mais do que triplicou ao longo de 2022, saindo de cerca de 30 mil em janeiro para mais de 94 mil em agosto.

O valor investido foi de R$ 1,4 bilhão para R$ 4,5 bilhões no mesmo período.

Em mesa com Amanda Coura, Head de Produtos estruturados da Suno, e Vitor Duarte, CIO da Suno Asset, Neto explicou que o primeiro salto de desenvolvimento no agro brasileiro se deu por meio da tecnologia.

A partir da década de 70, o setor que anteriormente baseava seu crescimento na expansão de terras achou uma saída para acelerar o crescimento por meio de biologia, química e mecanização.

Com isso, uma pequena parcela de agricultores se tornou responsável por encabeçar grande parte do crescimento da área.

“Apenas 8% dos produtores são pop e tech e são responsáveis por 90% da agricultura e pecuária brasileira.
Se é um sucesso, somente 8% é responsável por este sucesso”, disse.

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Agro mira novas oportunidades

E, segundo o especialista da EloGroup, a hora para alçar novos voos chegou.

Agora, o setor precisa adicionar na equação a digitalização, a agenda ESG e o mercado de capitais — e, para isso, vai precisar reavaliar a sua relação com algumas das chamadas “jabuticabas”.

Ele enxerga o “barter”, negociação comum no setor rural brasileiro que consiste na troca de insumos pela produção, como uma oportunidade de entrada para o Fiagro.

“Não existe outro setor da economia em que o escambo seja tão relevante”, disse, se referindo à prática.

“Só existe ‘barter’ onde não tem mercado de capitais envolvidos, e isso é uma oportunidade de desenvolvimento”, acrescentou.

O gestor também acredita que a melhora em quesitos de governança no setor agro deve gerar ainda mais oportunidades no que se refere ao oferecimento de crédito por parte de instituições financeiras.

“O ‘G’ de ESG é importante. Dentro disso, existe o trabalho do próprio produtor rural para gerar confiança, para o mercado de capitais poder ocupar esse papel”, afirmou.

A digitalização deve vir, por fim, como arma complementar na busca por mais transparência e melhor gestão e análise de dados dos contratantes de crédito.

“Com a digitalização, vamos ter cada vez mais dados para analisar capacidade produtiva das fazendas, por exemplo, somando isso à análise do CPF”.

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Laura Intrieri

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