FI-Infra: 5 características que talvez você não saiba sobre o fundo de investimento
Não é segredo que o setor de infraestrutura é fundamental para o desenvolvimento da economia brasileira. Mas o que talvez não saiba é que não precisa ser um mega empresário para atuar no setor. Há oportunidades de participar do ramo sem precisar desembolsar milionários investimentos. Isso é possível por meio dos fundos de infraestrutura, conhecidos como FI-Infra.
Os fundos de infraestrutura foram criados em 2019, mas somente em 2020, ficaram disponíveis para o investidor pessoa física na bolsa de valores.
É um setor regulado, com monopólios e concessões, trazendo previsibilidade de receitas e baixo risco.
Quer saber mais? Confira a seguir 5 características do FI-Infra que talvez você não saiba sobre esse tipo de fundo de investimento.
1) Alta demanda no Brasil
Considerado um dos cinco países com maior extensão territorial do mundo, o Brasil possui uma grande rede de infraestrutura, com extensas estruturas para geração de energia elétrica, linhas de transmissão, saneamento e transporte, por exemplo, e que precisam ser renovadas, reformadas ou até mesmo reconstruídas de tempos em tempos.
2) Ativos com garantias
Como qualquer fundo de investimento, os Fi-Infra não estão isentos de riscos. No entanto, eles podem ser mitigados, já que, em sua maior parte, os projetos relacionados ao segmento são apoiados pelos governos federal e estadual.
Assim, esses órgãos podem ter contratos de longo prazo com instituições e entidades – sejam elas públicas ou privadas – que executam ou financiam projetos na área.
Além disso, o portfólio desses fundos é composto por debêntures incentivadas e títulos de dívida do setor privado, desde que sejam associados aos projetos de infraestrutura. Por sua vez, o mercado espera uma maior rentabilidade desses proventos, já que os títulos públicos possuem menor risco.
É bom lembrar que, de um modo geral, essas debêntures possuem um pacote de garantias reais juntamente com as emissoras dos títulos de dívida. Desta forma, caso haja algum problema de crédito por parte do emissor, o FI-Infra pode executar as garantias, protegendo seus recursos investidos.
Ainda assim, o setor de infraestrutura é menos arriscado do que o imobiliário, por exemplo, principalmente por causa da regulação. No elétrico, existe a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que define o aumento dos preços, por exemplo.
Lembre-se: mesmo com as garantias das debêntures incentivadas, existe o risco de crédito. Ou seja, o investidor precisa saber o que ele está adquirindo quando compra cotas de um fundo de infraestrutura. E olhar apenas o dividendo sem compreender a estruturação das dívidas pode gerar uma “dor de cabeça” para quem investe.
3) Rendimentos acima da inflação
Os portfólios dos fundos de infraestrutura estão expostos a ativos geralmente indexados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal índice de inflação do Brasil.
Vale destacar que a rentabilidade obtida com FI-Infra pode ser maior do que com outros tipos de investimento, já que os projetos relacionados ao setor tendem a gerar um fluxo de caixa relativamente constante, previsível e estável.
Atualmente, há FI-Infra que geram um yield anualizado superior a 16%, por exemplo.
4) Isenção de impostos
A rentabilidade gerada com o investimento em fundos de infraestrutura é totalmente isenta de impostos, o que ajuda a alavancar ainda mais os ganhos dos investidores.
Assim, diferente dos fundos imobiliários, nos quais o investidor está sujeito ao pagamento de imposto de renda sobre o ganho de capital obtido com a compra e venda de cotas, no caso dos fundos de infraestrutura, esse ganho é livre de tributação.
5) Maior diversificação da carteira
Os fundos de infraestrutura podem oferecer uma boa relação risco-retorno em uma carteira diversificada, sendo uma alternativa importante a ser considerada pelo investidor para compor uma parcela de seu portfólio.
Então, como investir em FI-Infra?
Os FIs-Infra investem tanto em renda fixa quanto na renda variável. No entanto, são classificados como ativos de renda variável.
Existem duas formas distintas de investir em fundos de infraestrutura: as do tipo condomínio aberto e condomínio fechado.
Nos fundos do tipo condomínio aberto, o investidor integraliza e resgata cotas, geralmente com prazo D+30, disponíveis nas plataformas de investimento e também nos bancos.
Já nos do tipo condomínio fechado – mesmo tipo de condomínio dos fundos imobiliários – o investidor opta pelos fundos de infraestrutura listados na B3. Neste caso, é só buscar pelo ticker do fundo desejado e realizar uma ordem de compra por meio de uma corretora ou banco.
Desde 2020, a bolsa de valores brasileira permitiu que esses fundos pudessem ser listados no mercado secundário, ou seja, aquele no qual são negociados ativos financeiros entre si, sendo importante para o investidor que deseja comprar ações para receber dividendos.
Ao todo, atualmente, 11 fundos de infraestrutura são listados, mas esse número tende a crescer cada vez mais nos próximos anos.
SNID11: o fundo de infraestrutura da Suno Asset
Na Suno Asset, o fundo de infraestrutura, conhecido pela sigla SNID11, tem o objetivo, a longo prazo, de investir em ativos incentivados ligados ao desenvolvimento da infraestrutura no país.
Esse investimento pode ser feito por meio de vários segmentos e companhias, sendo realizado via debêntures (crédito), que ajudam a financiar esses projetos.
Algumas empresas brasileiras conhecidas possuem debêntures no SNID11, como a Omega Energia (MEGA3), Unidas (LCAM3), Movida (MOVI3), Aegea, Ecorodovias (ECOR3) e 3R Petroleum (RRRP3), por exemplo.
Atualmente, mais de 2 mil cotistas integram o fundo de infraestrutura da Suno Asset.
Semana especial de FI-Infras
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