O Indicador de Incerteza da Economia, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), subiu 2,7 pontos na transição do mês de agosto para setembro deste ano. Com a apuração, o indicador atingiu 116,9 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos, e se mantém elevado em termos históricos.
O Indicador de Incerteza da Economia medido pela FGV com base em dois elementos:
- mídia (baseado na frequência de notícias mencionando à incerteza da economia pela imprensa)
- expectativa (elaborado a partir das previsões de analistas econômicos).
Incerteza da economia cresce
O componente mídia reportou uma alta de 1,5 ponto, chegando a 115,9 pontos. Já o componente expectativa teve alta de 5,8 pontos.
De acordo com Aloisio Campelo Jr., pesquisador da FGV, a alta do indicador foi impulsionada principalmente por questões externas, como a tensão comercial entre Estados Unidos e China na guerra comercial e a possibilidade de uma considerável desaceleração da economia mundial no ano que vem.
Além disso, fatores internos também contribuíram, principalmente devido a temas como a reforma tributária, reforma da previdência e a dúvidas quanto ao ritmo de crescimento da economia do Brasil.
Boletim Focus mantém previsão do crescimento do PIB
Os economistas entrevistados pelo Banco Central (BC) no Boletim Focus reduziram as previsões para a inflação em 2019. A expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 3,44% para 3,43%.
Segundo o Boletim divulgado nesta segunda-feira (30), a economia brasileira deverá crescer 0,87% esse ano.
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A previsão do Boletim Focus da última segunda-feira (23) também indicava um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 0,87% em 2019.
No começo do ano, os analistas indicavam um crescimento de 2,6% da economia brasileira em 2019. A expectativa inicial que não se confirmou ainda impacta no Indicador de Incerteza da Economia.