O Índice de Confiança Empresarial (ICE) foi divulgado nesta quinta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em abril, a confiança dos empresários subiu 0,2 ponto percentual, passando para 94,3 pontos.
Na comparação com o mesmo mês de 2018, houve alta de 0,6% (93,7). Confira abaixo a confiança dos empresários, medida pelo ICE, nos 11 meses anteriores de 2019:
- março de 2019: 94,1 pontos
- fevereiro de 2019: 96,8 pontos
- janeiro de 2019: 97,6 pontos
- dezembro de 2018: 95,7 pontos
- novembro de 2018: 94,8 pontos
- outubro de 2018: 91,2 pontos
- setembro de 2018: 90,4 pontos
- agosto de 2018: 92 pontos
- julho de 2018: 91,9 pontos
- junho de 2018: 91,1 pontos
- maio de 2018: 92,9 pontos
A confiança dos empresários mostrou crescimento em 47%, dos 49 segmentos que integram o ICE. Em março, a evolução havia acompanhado apenas 22% dos segmentos.
O ICE consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pela apuração do Ibre/FGV: indústria; serviços; comércio; e construção. Confira abaixo a variação no mês de cada uma, bem como a sua pontuação em abril (IC):
A confiança avançou em 47% dos 49 segmentos que integram o índice, com melhora dos segmentos disseminada entre os setores. No mês passado, a disseminação da alta havia alcançado somente 22% dos segmentos, segundo a FGV.
“O resultado retrata uma economia que continua crescendo lentamente, levando as empresas a se tornarem gradualmente menos otimistas. A piora das expectativas em abril foi também influenciada pelo aumento da incerteza econômica no mês, como registrou o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-BR)”, afirmou Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas Públicas do Ibre/FGV em comunicado.
IEE-BR: incerteza econômica
Conforme mencionado pelo superintendente do Ibre, o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) também calculado pela FGV, subiu a 117,3 pontos. Desta forma, o IIE-Br obteve o maior nível desde setembro de 2018 (121,5 pontos).
De acordo com a fundação, a incerteza econômica foi impulsionada devido a:
- cenário doméstico: instabilidade e a tendência à revisão de indicadores da economia;
- cenário externo: guerra comercial entre Estados Unidos da América (EUA) e China.
“Nos próximos meses, na medida em que o governo consiga avançar no alinhamento com o Congresso, é possível que o indicador volte a recuar” projetou a pesquisadora Raíra Marotta, do Ibre/FGV.
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Subíndices da confiança dos empresários
Confira abaixo os índices da Situação Atual e de Expectativas do Índice de Confiança Empresarial (ICE) compilado pelo Ibre/FGV:
“O Índice de Situação Atual (ISA-E) subiu 0,4 ponto em março, para 90,6 pontos, voltando ao nível de janeiro de 2019. Já o Índice de Expectativas (IE-E) cedeu pela terceira vez consecutiva, em 0,5 pontos, para 99,3 pontos, o menor nível desde novembro do ano passado”.
A queda do IE-E da confiança dos empresários é mais um reflexo da incerteza econômica apontada pelo IIE-Br.