O ministério da Economia avalia liberar os saldos das contas ativas e inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Com isso, o objetivo da ação seria impulsionar a economia brasileira. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (30) pelo ministro da pasta, Paulo Guedes.
“Vamos liberar PIS/Pasep, FGTS, assim que saírem as reformas. Nós não batemos o martelo ainda, mas todas as equipes estão examinando isso”, disse o ministro. Guedes defendeu ainda que a medida seja adotada depois da aprovação da reforma da Previdência.
Além disso, o chefe da equipe econômica também explicou que PIS/Pasep também serão liberados e já estão até prontos para tal. No entanto, segundo o ministro, isso ainda não aconteceu porque o governo quis estudar a questão do FGTS. “Gostaríamos de disparar hoje, mas aí fomos examinar também o FGTS, que atrasou um pouco o PIS/Pasep, para soltar junto”, disse.
Saiba Mais: PIB do Brasil tem queda de 0,2% no primeiro trimestre, diz IBGE
A liberação de saldos do FGTS não é inédita, contudo, já foram liberados apenas os valores em contas inativas. Isso porque o então presidente Michel Temer adotou a medida em dezembro de 2016. Com isso, a ação liberou um total de R$ 44 bilhões na economia. Agora, a intenção do governo é injetar os valores das contas de contratos ativos dos trabalhadores.
Saiba Mais: Governo precisa de crédito suplementar em até 15 dias ou terá problemas, diz secretário
PIB do Brasil
A declaração de Guedes ocorre horas depois da divulgação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre. Isso porque nesta quinta-feira (30), o IBGE publicou que a economia brasileira teve queda de 0,2% no início do ano.
Assim, o índice foi a seu menor nível desde o último trimestre de 2016, quando registrou uma retração de 2,3%. Em valores, o total foi de R$ 1,714 trilhão.
Saiba Mais: Contas do governo registra em abril superávit de R$ 6,5 bi, pior resultado em 21 anos
Assim, os números estão de acordo com o esperado pelo mercado. Além disso, o registro mostra uma estagnação da economia e uma piora das expectativas para 2019. Em comparação com os primeiros três meses de 2018, a alta no indicador é de 0,5%. Já no acumulado do ano até março, o avanço é de 0,9%.
Sobre o resultado do indicador, Guedes disse: “A retração não é novidade para nós, sempre dissemos que a economia brasileira está estagnada. O modelo intervencionista derrubou a taxa de crescimento no Brasil. A economia está parada à espera das reformas”. O ministro defende que a retomada do crescimento ocorrerá no próximo ano após aprovadas as reformas estruturais.