O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, declarou que não solicitará ao Fundo Monetário Internacional (FMI) o valor de US$ 11 bilhões restante de um empréstimo de R$ 56,3 bilhões cedido ao país.
O empréstimo foi assinado pelo presidente do país, Mauricio Macri, em 2018, por meio de um acordo de stand-by. Fernández declarou que pedirá ao FMI, em troca de não usar o crédito, um tempo maior para o pagamento da dívida.
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“Não quero assinar acordos que não conseguiremos cumprir. Estes acordos já foram firmados por Macri, uma, duas, três vezes, e ele não cumpriu nenhum”, disse Fernández.
O presidente eleito ressaltou que o pagamento da dívida sem solicitar empréstimos é viável. Além disso, Fernández falou também que a dívida do país exige uma negociação com credores privados para alterar os termos dos vencimentos entre 2020 e 2023.
“Eu quero assinar um e que possamos cumprir. E a primeira regra para cumprir, a única, é dizer que não me emprestem mais dinheiro, mas me deixem desenvolver para poder pagar-lhes”, declarou Fernández.
Apesar de não aceitar o empréstimo, o presidente eleito afirmou que está disposto a estabelecer novos acordos com a autoridade monetária, caso o governo possa honrá-los.
Dificuldades no pagamento das dívidas com o FMI
Em agosto, Fernández, então candidato à Presidência, afirmou que o acordo firmado por Maurício Macri, para o acerto de dívidas com o FMI), é “difícil de cumprir”.
Saiba mais: Argentina: Fernández diz que dívidas com o FMI são difíceis de cumprir
O presidente eleito declarou, na ocasião, que Macri necessita renegociar com a instituição os adiantamentos dos pagamentos previstos para os anos seguintes.
Além de falar sobre a dívida com o FMI, Fernández falou sobre as relações com o Brasil. “Para mim, o Mercosul é um lugar central. E o Brasil é o nosso principal parceiro e vai continuar a ser. Se Bolsonaro pensa que vou fechar a economia, que fique tranquilo, porque não vou. É uma discussão tonta”, declarou.
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