A FEMSA está negociando a compra do Grupo DPSP, que é dona das Drogarias São Paulo e Pacheco. A notícia foi publicada nesta segunda-feira (02) pelo site “Brazil Journal“, que também salienta que não há garantia se o negócio será fechado.
Segundo o site, a negociação da FEMSA é para a compra de 100% do Grupo. A dona das Drogarias São Paulo e Pacheco está sendo representada por uma ex-banker do Banco Espírito Santo que assessorou a Pacheco em sua fusão com a São Paulo oito anos atrás.
O site lembra que as incursões de investidores internacionais no setor do varejo farmacêutico brasileiro nunca foram bem-sucedidas. A CVS teve que vender a Onofre para a Raia Drogasil em 2018 após ter registrado prejuízo no negócio.
A FEMSA, lembra o site, tem expertise em negócios na América Latina e “apetite pelo Brasil”.
O site relata que as conversas com a DPSP vem em momento que a FEMSA entra no varejo brasileiro com as lojas de conveniência. A companhia acertou uma sociedade com a Raízen em agosto deste ano para operar e expandir as lojas “Shell Select” e criar uma rede de lojas de proximidade com a bandeira “Oxxo“.
As Drogarias São Paulo e Pacheco tem 1.350 lojas em maioria no Rio de Janeiro e São Paulo.
Joint-venture da FEMSA e Raízen
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, em setembro de 2019, a criação da joint-venture entre a empresa mexicana FEMSA e a brasileira Raízen Combustíveis, para instalar no País lojas de conveniência. A decisão, que não teve restrições, foi publicada no “Diário Oficial da União” (DOU).
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O projeto tem como objetivo a abertura de 500 lojas de conveniência no Brasil até 2022, com as bandeiras Shell Select, Oxxo, entre outras. As sócias investirão R$ 160 milhões cada. A nova empresa é avaliada em R$ 1,1 bilhão.
Atualmente, a Raízen opera 6,2 mil postos no País. Desse total, mil lojas são da Shell Select, licenciadas ou franqueadas para operadores independentes. A Oxxo, opera mais de 18 mil lojas na América Latina.
No começo de agosto, a empresa mexicana de bebidas Femsa assinou um pacto com a brasileira Raízen Conveniências. O acordo prevê a compra de 50% da empresa de conveniências. Com isso, as duas companhias formarão uma joint-venture.
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O enterprise value (valor da firma) foi avaliado em R$ 1,122 bilhão. Sendo assim, o valor calculado pelo indicador mostra que a empresa não tem dívidas ou caixa.
“Após a implementação da transação, a Raízen Combustíveis e a FEMSA Comércio serão, respectivamente, acionistas da Raízen Conveniências na proporção 50/50 do capital social”, afirmou a empresa brasileira, salientando que a fusão das empresas terá uma estrutura profissional e de liderança corporativa próprias.