Federal Reserve mantém taxa de juros dos EUA inalteradas

O Federal Reserve (Fed) decidiu manter inalteradas a taxa básica de juros dos Estados Unidos no intervalo de  1,5% e 1,75%. O Banco Central norte-americano realizou uma reunião do comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês) nesta quarta-feira (29).

Essa é a primeira reunião do comitê do Federal Reserve em 2020. Pela segunda vez a instituição monetária central dos EUA decidiu manter inalteradas as taxas de juros.

Comentando a decisão, o Fed informou em nota que “o Comitê considera que o patamar atual da política monetária é apropriado para apoiar a expansão sustentada da atividade econômica, fortes condições do mercado de trabalho, e inflação retornando ao objetivo simétrico de 2% do Comitê”.

O presidente da instituição monetária central, Jerome Powell, discursará em breve em Washington para explicar a razão dessa decisão.

Federal Reserve contraria Trump

Mais uma vez, o banco central dos EUA resistiu as pressões do presidente Donald Trump. O mandatário acusou várias vezes o Federal Reserve, que é independente do governo, nos últimos meses de não estar cortando adequadamente os juros.

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Trump acusou o Fed de estar reduzindo “muito lentamente” as taxas durante o Fórum Econômico Mundial de Davos. E em sua conta no Twitter o presidente escreveu que esperava um novo corte que tornaria os EUA mais competitivos, pois no momento a inflação é muito baixa no país.

Fim do ciclo de cortes?

No ano passado o Fed chegou a cortar a taxa básica de juros dos EUA por três vezes seguidas, entre junho e outubro, passando de 2,5% para 1,75%. Entretanto, a partir daquele momento, não modificou a condução da política monetária da primeira economia do planeta.

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Os analistas previam quase na unanimidade que o Federal Reserve teria mantido inalteradas as taxas de juros. Mesmo os temores sobre os efeitos globais da epidemia de coronavírus – que já provocou 132 mortes e mais de 6 mil casos confirmados de contágio – não influenciaram a decisão do banco central dos EUA de não cortar as taxa de juros.

Carlo Cauti

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