O Federal Reserve (Fed) divulgou nesta quarta-feira (19) o vídeo da reunião realizada nos dias 28 e 29 de julho. O banco central norte-americano indicou que a economia ainda necessitará de um maior suporte, porém não especificou quando essas medidas expansionistas serão implementadas.
A ata da reunião do Fed mostrou que muitos diretores acreditavam que uma “acomodação adicional poderia ser necessária”, incluindo o fornecimento de mais detalhes ao mercado sobre por quanto tempo o Fed manteria as taxas perto de zero, depois de reduzi-las em março. No entanto, o vídeo não indicou claramente o momento em que essas novas medidas ocorreriam, informando apenas que uma orientação mais explícita seria “apropriada em algum ponto”.
As autoridades não anunciaram novas medidas políticas na conclusão da reunião de julho. O Fed respondeu agressivamente ao choque pandêmico em março e abril, expandindo seus ativos em quase US$ 3 trilhões, para US$ 7 trilhões (equivalente a R$ 38,7 trilhões), depois de reduzir as taxas de juros para quase zero. A instituição também lançou uma série de programas de empréstimos de emergência para proteger o mercado de crédito.
A próxima reunião do Fed está marcada para 15 a 16 de setembro. As autoridades enfrentaram no mês passado uma grande incerteza sobre as perspectivas econômicas, dadas as dificuldades que muitos estados enfrentaram para reduzir a disseminação do coronavírus (covid-19). Alguns diretores do banco central indicaram que faria mais sentido que o Fed fornecesse apoio adicional uma vez que as infecções por vírus diminuíssem a um ponto que permitisse a retomada de mais atividades comerciais.
O presidente do Fed, Jerome Powell, indicou em uma entrevista coletiva no mês passado que preferia manter o máximo de flexibilidade possível sobre os próximos movimentos do banco central, dada a tremenda incerteza sobre como o coronavírus alterou e continuará alterando o comércio. “Não posso te dar um gatilho específico”, disse ele.
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A ata indicou que o Fed está se preparando para adotar uma abordagem de longo prazo para compensar os períodos de inflação baixa, buscando períodos subsequentes de inflação um pouco mais alta. O efeito prático é que demorará muito até que aumentem as taxas de juros.