O Federal Reserve (Fed), o banco central do Estados Unidos, decidiu manter inalterada a taxa de juros no intervalo entre 0% e 0,25%. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (16) pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) com uma votação unânime.
O consenso do mercado sobre o nível das taxas de juros estava entre 0% e 0,25%. As taxas de juros estão inalteradas nesse patamar desde o dia 15 de março. O Fed tomou essa medida como resposta emergencial devido a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).
No mesmo dia, a autoridade central monetária norte-americana tinha anunciado um pacote de estímulos (Quantitative Easing (QE)) à economia por conta do avanço da pandemia.
O Fed informou que vai continuar comprando pelo menos US$ 120 bilhões (cerca de R$ 630 bilhões) de títulos da dívida até que “ulteriores avanços substanciais sejam realizados” na retomada econômica.
Fed quer juro baixo para ajudar na retomada
“O Federal Reserve continuará a aumentar suas participações em títulos do Tesouro em pelo menos US$ 80 bilhões por mês e em títulos garantidos por hipotecas de agências em pelo menos US$ 40 bilhões por mês até que um progresso substancial tenha sido feito em direção às metas de estabilidade de preços e emprego máximo do comitê ”, indicou o FOMC no comunicado final após dois dias de reunião.
O objetivo do Banco Central dos EUA é suportar a economia durante a pandemia.
“Essas compras de ativos ajudam a promover o normal funcionamento do mercado e condições financeiras acomodatícias, apoiando assim o fluxo de crédito para famílias e empresas”, informou o Fed.
A mensagem mostra que o Fed vai cumprir a promessa de manter as taxas de juros próximas de zero até que a economia alcance o pleno emprego e a inflação esteja a caminho da meta de 2%.
O Comitê Federal de Mercado Aberto ainda prevê a manutenção das taxas de juros próximas de zero até pelo menos o final de 2023.
Entretanto, essa estratégia do Fed fica aquém dos pedidos de estímulos monetários mais agressivos apresentados pelo mercado, para enfrentar a crise econômica.
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