Fed fará o que for necessário para sustentar crescimento dos EUA, diz Powell
O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou nesta sexta-feira (6) que o banco central norte-americano fará o que for necessário para sustentar o crescimento da economia dos Estados Unidos.
Para que a economia continue crescendo, Powell ressaltou que o Fed pretende propiciar novos estímulos para a economia ainda neste ano.
“O Fed achou adequado reduzir as taxas de juros e isso tem apoiado a economia. Essa é uma das razões pelas quais as perspectivas ainda são favoráveis”, ressaltou o presidente do banco central estadunidense.
Segundo Powell, a economia norte-americana enfrenta um cenário positivo. No entanto, as incertezas comerciais fazem com que o crescimento econômico global seja mais fraco.
“Nossa obrigação é usar nossas ferramentas para apoiar a economia, e é isso que continuaremos a fazer”, disse Powell.
Trump pede ao Fed um novo corte de juros
Nesta sexta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a falar que o banco central precisa realizar um novo corte de juros. Na última terça-feira (3), o mandatário declarou que o Federal Reserve não age como necessário.
“Eles são pagos para emprestar dinheiro”, escreveu Trump no Twitter, fazendo referência a outros países que têm juros baixos. “Nosso Federal Reserve não age!”, disse o presidente.
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Em agosto, o presidente fez diversas críticas a Powell. Em sua conta no Twitter, Trump afirmou que a economia norte-americana está muito forte. Entretanto, o presidente do Federal Reserve tenta fazer parecer o oposto, como estratégia para as eleições de 2020.
Além disso, o presidente chamou Powell de “sem noção” e disse que o Fed é um problema para a economia do país.
“Indo muito bem com a China e outros acordos comerciais. O único problema que temos é Jay Powell. Ele é como um jogador de golfe que não consegue jogar, não tem talento”, disse Trump.
Taxa de juros dos Estados Unidos
Em julho, o banco central norte-americano reduziu a taxa de juros do país pela primeira vez desde a crise econômica de 2008. Dessa forma, as taxas caíram para 2% a 2,25% ao ano.
Segundo o Federal Reserve, o corte foi motivado por conta das “implicações de desdobramentos globais para a perspectiva econômica, bem como pressões inflacionárias fracas”.
Entretanto, após reduzir os juros, o Fed anunciou que não pretendia continuar cortando as taxas. “A nossa perspectiva agora não é de que este seja o início de uma série de cortes de juros”, disse Powell após o corte.