O Federal Reserve (Fed) reduziu nesta quarta-feira (31) a taxa de juros dos Estados Unidos pela primeira vez desde a crise econômica de 2008. Os juros agora são de 2% a 2,25% ao ano.
O Fed informou que o corte de juros foi motivado por conta das “implicações de desdobramentos globais para a perspectiva econômica, bem como pressões inflacionárias fracas”.
No entanto, o banco central norte-americano não pretende continuar reduzindo as taxas. “A nossa perspectiva agora não é de que este seja o início de uma série de cortes de juros”, disse o presidente do banco, Jerome Powell.
O corte já era previsto pelos analistas. O presidente do Fed de Nova York, John Williams já havia apontado a redução como a melhor solução para a economia do país.
“Quando você tem apenas estímulos à sua disposição, vale a pena agir rapidamente para reduzir as taxas no primeiro sinal de dificuldade econômica”, disse Williams na ocasião.
Após a decisão de reduzir os juros, a Bolsa de Valores de São Paulo despencou e retornou a casa dos 101 mil pontos, por volta das 15h00.
Ainda nesta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) definirá a taxa básica de juros, Selic, aqui no Brasil. A expectativa é de que a taxa Selic termine o ano 5,5% e permaneça assim em 2020.
Declarações de Donald Trump sobre o Fed
Na última semana, em sua conta do Twitter, o presidente norte-americano Donald Trump criticou o Federal Reserve de não “fazer nada” pela economia americana. Conforme o presidente, a instituição provavelmente faria pouca coisa para reduzir os juros.
Saiba mais: Donald Trump critica que Fed “não faz nada” pela economia americana
“Enquanto isso, e com inflação muito baixa, o nosso Fed não faz nada e provavelmente fará muito pouco em comparação”, afirmou Trump.
Em contrapartida, após a redução dos juros nesta quarta, o Fed afirmou que continuará agindo conforme o necessário para manter a expansão econômica nos Estados Unidos.
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