O Federal Reserve (Fed) informou nesta quinta-feira (20) que publicará nos próximos meses – durante o verão do Hemisfério Norte – um relatório sobre as implicações da evolução tecnológica para meios de pagamento digitais, com foco na possibilidade de emissão de uma moeda digital pelo BC dos Estados Unidos.
“O Federal Reserve está estudando esses desenvolvimentos e explorando maneiras de refinar seu papel como provedor principal de serviços de pagamento e como autoridade emissora de moeda dos EUA”, diz um comunicado do banco central americano.
Ao destacar a possibilidade de criação de uma moeda digital de bancos centrais (CBDC, na sigla em inglês), a autoridade monetária americana explica que a medida seria um complemento, e não um substituto, do dinheiro.
“Na busca por essas funções essenciais, temos monitorado e nos adaptado cuidadosamente às inovações tecnológicas que agora estão transformando o mundo dos pagamentos, finanças e bancos”, afirma o presidente da instituição, Jerome Powell.
Segundo o dirigente, a emissão de um CBDC pelo Fed levantaria importantes considerações sobre política monetária, estabilidade financeira e proteção ao consumidor, além de questões jurídicas e de privacidade, o que exigirá reflexão e análise cuidadosa.
Por isso, de acordo com o comunicado, o Fed está focado em entender melhor as oportunidades e os riscos associados aos novos mecanismos de pagamento digital.
Criptomoedas: EUA propõem que grandes transferências sejam informadas ao Tesouro
Além disso, o governo dos Estados Unidos divulgou nesta quinta-feira (20) uma proposta para que transferências em criptomoedas acima de US$ 10 mil sejam reportadas ao Departamento do Tesouro.
O anúncio sobre as criptomoedas faz parte de uma série de medidas que a Casa Branca pretende implementar para melhorar o compliance tributário no país, como parte do plano de investimentos sociais de US$ 1,8 trilhão apresentado em abril pelo presidente Joe Biden.
No documento divulgado nesta quinta, o Tesouro americano afirma que o uso das moedas digitais representa um “problema” para a detecção de evasão de impostos. O órgão observa que as transações com esses ativos, como o bitcoin, tendem a se tornar mais comuns.
“Apesar de constituírem uma porção relativamente pequena da receita de negócios hoje, as transações de criptomoeda provavelmente aumentarão em importância na próxima década, especialmente na presença de um regime de relatórios de contas financeiras de base ampla”, diz o comunicado.
Com informações do Estadão Conteúdo
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