O presidente do Federal Reserve (Fed) de Nova York, John Williams afirmou nesta segunda-feira (3) durante evento da Women in Housing and Finance, não estar preocupado com a possibilidade de que a agenda de estímulos à economia do governo Joe Biden provoque uma alta na inflação dos Estados Unidos que leve a desequilíbrios severos e de longo prazo.
Segundo Williams, as medidas fiscais contribuíram para a rápida recuperação da economia americana em 2021, e o Fed dispõe de instrumentos para lidar com uma pressão inflacionária, caso ocorra.
Perguntado sobre quando ele espera uma reação do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) à inflação nos EUA, Williams afirmou que os dirigentes esperam que o nível de preços esteja ancorado em 2%, meta a longo prazo da entidade, antes de alterar a sua política monetária.
Mais cedo, em discurso no mesmo evento, o presidente do Fed de NY disse considerar a alta recente na inflação apenas “transitória”.
Fed diz que recuperação não é completa e que continua monitorando bancos
O Federal Reserve publicou na última sexta-feira (30) seu Relatório de Supervisão e Regulação, publicação semestral na qual informa sobre seu trabalho para promover a segurança e a solidez do setor bancário.
No documento, o Fed nota que a recuperação após o choque da covid-19 “não é completa”. “Diante disso, o Federal Reserve continua a monitorar de perto a exposição de riscos dos bancos, o desempenho de crédito e as operações”, afirma.
O Banco Central americano avalia que o sistema bancário dos EUA tem mostrado resistir aos choques, e considera que as posições de capital e liquidez das instituições financeiras “seguem robustas”.
Segundo a autoridade monetária, os bancos entraram na pandemia com “posições de capital e liquidez fortes”, o que permitiu enfrentarem a situação. No último ano, a liquidez bancária também aumentou, com um “crescimento forte nos depósitos”.
De acordo com o Fed, a lucratividade dos bancos retornou em sua maioria aos níveis pré-covid-19. O BC também destaca o papel importante das instituições no Programa de Proteção à Folha de Pagamentos (PPP, na sigla em inglês), mas destaca que o crescimento dos empréstimos pelos bancos “tem sido lento”, para além dos empréstimos no âmbito do PPP.
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