Juros dos EUA fica em 4,5%; como isso afeta seus investimentos?
Na última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), nesta quarta-feira (29), o Federal Reserve (Fed) decidiu manter a taxa de juros dos EUA na faixa de 4,25% a 4,5% ao ano, após um ciclo de cortes que se estendeu por três meses consecutivos. Essa decisão deixa a renda fixa americana atrativa, dado os juros em patamares historicamente elevados.
Segundo a ata divulgada após a reunião, o Fed ressaltou a importância de a inflação continuar sua trajetória de queda até a meta de 2% ao ano, e que o mercado de trabalho mantenha-se forte.
O diretor do Fed, Christopher Waller, enfatizou que futuros cortes nas taxas dependerão da evolução da inflação, que, apesar de uma desaceleração observada, estagnou no final de 2024.
Com os juros em 4,5%, a renda fixa americana é uma oportunidade de maior retorno e exposição ao dólar
Diante desse cenário, investidores brasileiros têm à disposição diversas opções para se expor à renda fixa americana.
Uma delas é a compra de títulos emitidos pelo governo dos EUA. Com os juros nos patamares atuais, os títulos de renda fixa ganham destaque, com retornos interessantes. Além disso, mesmo com a renda fixa brasileira sendo rentável com os juros a 13,25% ao ano, investir nos Estados Unidos é uma forma de proteção cambial.
Uma maneira de acessar esses títulos é por meio do investimento em ETFs (fundos de índice) de renda fixa que replicam o desempenho dos títulos americanos. Inclusive, no Brasil, há diversos BDRs (Brazilian Depositary Receipts) de ETFs dos EUA que oferecem uma rota acessível para esse mercado.
Outra opção de ETF de renda fixa americana é o USDB11, que replica o índice BND e dá acesso a mais de 10.000 títulos de dívida americana, com um patrimônio que supera US$ 330 bilhões.
Com uma duration intermediária de 6 anos, esse fundo não só possibilita uma alocação diversificada em renda fixa, mas também protege contra flutuações cambiais, uma vez que seus ativos são cotados em dólar.
Com um retorno acumulado de 26,91% no último ano, essa opção mostra-se atraente, especialmente para aqueles que buscam segurança, proteção cambial e rentabilidade.
Investir em títulos da dívida americana, seja diretamente ou através de ETFs, pode ser uma estratégia eficaz para diversificar portfólios e aproveitar as taxas de juros dos EUA que, atualmente, estão acima da média histórica.