O presidente do Federal Reserve (Fed) de Chicago, Charles Evans, expressou pessimismo nesta quinta-feira (3) sobre a recuperação da economia norte-americana, citando a importância da adoção da política monetária expansionista e solicitando ao Congresso dos EUA um aumento do auxílio fiscal.
O presidente do Fed de Chicago declarou que suas expectativas para a retomada da economia americana não são otimistas, a produção dos EUA não retornará aos níveis anteriores à crise até o fim de 2022 mesmo com o aumento de auxílios por parte do governo, entretanto esses estímulos são importantes e podem ajudar na recuperação, completou Evans.
O economista presume que até 2022 a taxa de desemprego no país ainda será entre 5% e 5,5%, e a inflação deve se manter abaixo da meta do Fed por um certo período.
“Dadas minhas perspectivas, espero que isso signifique que uma política monetária altamente acomodatícia será apropriada por algum tempo”, declarou o presidente do banco central. Também citou sua preocupação a cerca de políticas partidárias que possam barrar as possibilidades de auxílios fiscais vindos por parte do governo, afirmando que tal atitude “representa um risco de queda muito significativo para a economia hoje”.
Evans declarou que a política monetária deveria ser ainda mais afrouxada com o intuito de estimular a economia do país que foi gravemente afetada pela pandemia do coronavírus (covid-19). “É importante que nossas ações futuras de política monetária sejam fiéis aos princípios estabelecidos na nova estrutura de consenso”, completou.
Fed adota média de inflação de 2%
O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, anunciou na última quinta-feira (27) uma nova estratégia de recuperação da economia, impondo uma meta de inflação média de 2% nos EUA.
O Fed buscará alcançar inflação de 2% em média ao longo do tempo, compensando os períodos que não a atingirem com inflação mais elevada “por algum tempo”.
Saiba Mais: Fed alerta sobre risco para economia e adota média de inflação de 2%
Após o encontro da última semana para o anúncio da nova média de inflação e a reunião de política monetária que ocorre em setembro, as autoridades do Fed não se reunirão novamente até o dia seguinte à eleição.
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