Bancos americanos continuam buscando formas de aumentar a liquidez, embora em ritmo menor, aponta levantamento semanal do balanço patrimonial do Federal Reserve, o Fed, divulgado nesta quinta (30).
Segundo os dados do Fed, os empréstimos do Programa de Financiamento a Prazo do Banco (BTFP, na sigla em inglês) avançaram de US$ 53,7 bilhões para US$ 64,4 bilhões no período de sete dias encerrado ontem.
O banco central americano também aumentou a disponibilização de crédito por meio do Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), de US$ 179,8 bilhões para US$ 180,1 bilhões. Esta modalidade garante o retorno eventual do dinheiro emprestado pelo FDIC.
Já os empréstimos pela janela de redesconto recuaram na comparação semanal, de US$ 110,2 bilhões para US$ 88,1 bilhões.
Com o movimento, o balanço de ativos da instituição reverteu tendência de alta e cedeu levemente a US$ 8,75 trilhões, de US$ 8,78 trilhões na semana passada.
Dirigente do Fed prevê mais um aperto na política monetária
A presidente do Fed de Boston, Susan Collins, afirmou nesta quinta (30) que prevê mais uma alta de juros pelo BC dos EUA, seguida de uma pausa no aperto monetário até o fim do ano.
Segundo a dirigente, que participou de painel em evento do National Association for Business Economics (Nabe), ainda há mais trabalho a fazer para conseguir restaurar a estabilidade de preços.
Collins ressalta que, para desacelerar a inflação, o Fed provavelmente não deverá cortar juros até o fim de 2023, visto que indicadores, como os gastos de fevereiro – que vieram mais fortes que o esperado -, ainda indicam que há ‘mais trabalho a fazer’.
Na visão da dirigente, a inflação deverá chegar à meta de 2% em 2025, e dados indicam confiança do Fed em desacelerar a inflação.
Em sua fala, Collins acrescentou que concordou com a última alta do Fed, de 25 pontos-base (pb). A dirigente, entretanto, não vota nas decisões monetárias deste ano.
Com Estadão Conteúdo
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