O presidente do Federal Reserve (Fed) de Chicago, Charles Evans, afirmou nesta terça-feira (22) que a economia dos Estados Unidos corre o risco de enfrentar uma recuperação mais longa e lenta, com o perigo maior de um nova recessão, caso o Congresso americano não aprove um pacote fiscal.
Em reunião online do Official Monetary and Financial Institutions Forum, o diretor da unidade distrital do banco central dos Estados Unidos colocou o apoio fiscal como “fundamental”. Sem a medida, “acho que a dinâmica da recessão realmente vai entrar em ação de uma forma muito maior”, afirmou o presidente do Fed de Chicago.
Evans informou que projeta que a taxa de desemprego do país deve cair 5,5% até o final do ano que vem contempla não apenas uma vacina para a covid-19, mas também um pacote fiscal de pelo menos US$ 500 bilhões ou US$ 1 trilhão.
Na semana passada, o BC dos Estados Unidos prometeu mirar uma inflação pouco acima de 2% por um determinado período, de forma que a média seja de 2% no longo prazo. Para isso, o Fed disse que deixaria a taxa de juros em seu patamar atual, entre 0% e 0,25%, até chegar a esse “overshoot”.
Ações caem após anúncio do Fed
Os investidores, no entanto, ficaram desapontados por entenderem que a autoridade monetária norte-americana não reforçou sua promessa de compras adicionais de títulos e derrubaram as ações em Nova York depois do comunicado.
Evans não descartou nesta terça-feira mais medidas de quantitative easing (QE), porém esclareceu que não via isso como iminente. “O julgamento tem de ser o que estamos procurando em termos de reduções adicionais nos prêmios a termo ou efeitos de equilíbrio do portfólio se formos nos envolver em mais compras de ativos”, afirmou Evans.
O diretor do Fed de Chicago ainda saliento que, atualmente, as maiores incertezas incluem a política fiscal; o controle do novo coronavírus; se a demanda agregada vai superar os obstáculos; e se a economia conseguirá prosperar.
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