A Ata do Comitê de Política Monetária (Ata do FOMC) do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) divulgada nesta quarta (21) sinaliza para um possível corte de juros já no mês de setembro.
O corte de juros do Fed em setembro passou a ser mais esperado pelo mercado nas últimas semanas, considerando os últimos indicadores divulgados referentes a inflação e crescimento econômico.
Conforme a Ata do FOMC, a “vasta maioria” dos membros do Fed diz que provavelmente será apropriado cortar a taxa básica de juros na próxima reunião, em setembro.
Isso, caso os dados econômicos continuem vindo dentro do esperado.
Segundo o comitê de política monetária do Fed, os membros do BC americano notaram que progresso na inflação e o aumento na taxa de desemprego seriam suficientes para embasar essa decisão de corte.
O corte de juros, nesse sentido, seria de 25 pontos-base, ou seja, 0,25 ponto percentual (p.p.).
Na ata, os membros apontam que a expectativa de inflação da equipe foi ligeiramente menor do que a preparada para a reunião anterior – em resposta aos indicadores recentes.
“Esperava-se que a inflação medida pelo índice de preços dos gastos com consumo pessoal (PCE) total e básica diminuísse ainda mais, à medida que a demanda e a oferta nos mercados de produtos e trabalho continuarem a se mover para um melhor equilíbrio”, diz a Ata.
Até o ano de 2026, a expectativa é de que a inflação convirja para meta, ficando em torno de 2%.
Fabio Louzada, economista, planejador financeiro CFP® e fundador da Eu me banco, comenta que a Ata do Fomc apontou que os membros do comitê querem observar de perto mais dados de inflação antes de cortar juros e que possivelmente esse corte pode vir na próxima reunião.
“A ata também ressaltou que dados mostram que o mercado de trabalho desacelerou e que a economia está crescendo em ritmo menor do que no ano passado. Além disso, eles afirmaram que estão confiantes em relação à inflação estar caminhando para a meta”, comenta.
Fed mantém juros em patamares historicamente altos
Atualmente os juros básicos dos EUA – conhecidos como Fed Funds – estão em uma banda entre 5,25% e 5,50%. Por lá, o número é um intervalo, e não um número fixo, como é a Taxa Selic.
Deste modo, os juros dos EUA estão no seu maior patamar em 22 anos.
A última decisão da autoridade monetária foi de manter os Fed Funds nesse patamar, em reunião realizada no dia 31 de julho.
