Fed está comprometido em usar todas as ferramentas para recuperação, diz vice-presidente
O vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Richard Clarida, afirmou nesta segunda-feira (16) que a autoridade vai se valer de todas as ferramentas à sua disposição para garantir que a economia norte-americana se recupere do choque causado pela pandemia. As informações foram divulgadas pelo jornal “The Wall Street Journal”.
O vice chairman afirmou que os oficiais do Fed discutiram, na reunião para definição das taxas no início do mês, a compra de US$ 120 bilhões (cerca de R$ 652,32 bilhões) por mês em títulos do Tesouro e lastreados em hipotecas, que desempenhou um papel importante no suporte à economia.
Nesse sentido, Clarida não sinalizou se acreditava que quaisquer mudanças nessas compras seriam justificadas. O executivo disse somente que os oficiais do BC norte-americano “continuam a monitorar o desenvolvimento e a avaliar como nossas compras de ativos em curso podem melhor apoiar” os objetivos econômicos do Fed.
Fed mantém taxas de juros inalteradas
Em setembro, os executivos do Fed realizaram um teste, dividido em três partes, antes de considerarem o aumento das taxas de juros. Primeiramente, certificaram-se de que as condições do mercado de trabalho são consistentes com as metas de emprego; em segundo, a inflação deveria chegar a 2%; e, por fim, foi necessária alguma evidência de que a inflação continuaria moderadamente acima de 2%.
De acordo com Clarida, mesmo que a autoridade monetária norte-americana eleve as taxas de juros, o Fed a manterá abaixo do que teria feito em outras situações para apoiar a economia. A taxa média de inflação desde que o Fed adotou sua nova estrutura em agosto também pode ditar o ritmo desejado pelo qual o Fed aumenta as taxas, afirmou o vice-presidente.