O Federal Reserve (Fed), o Banco Central (BC) dos Estados Unidos, anunciou um corte de 0,5% na taxa de juros do país. Atualmente, a taxa de juros norte-americana está entre 1% e 1,25%. O anúncio foi realizado antes do próximo encontro marcado, que aconteceria entre os dias 17 e 18 deste mês.
“O coronavírus (Covid-19) apresenta riscos crescentes para a atividade econômica”, informou o Fed em comunicado. “À luz desses riscos e de forma a dar suporte ao emprego e às metas de inflação, o Comitê decidiu hoje reduzir os juros em 0,5 ponto”, salientou a nota.
Mais cedo, nesta terça-feira (3), o presidente norte-americano, Donald Trump, pressionou a autoridade monetária do país a cortar a taxa de juros. “Nosso Federal Reserve nos deixa pagando taxas de juros mais altas do que muitos outros, quando deveríamos estar pagando menos. É complicado para nossos exportadores e coloca os EUA em desvantagem competitiva. Tem que ser o contrário. Deveria afrouxar e fazer um corte grande”, afirmou o mandatário em sua conta pessoal do Twitter.
A decisão tomada entre os responsáveis pela política monetária do país foi unânime.
O Fed agiu horas depois que o presidente do BC estadunidense e os ministros da economia do G7 disseram que “usariam todas as ferramentas políticas apropriadas para alcançar um crescimento forte e sustentável e salvaguardar os riscos negativos”. Este foi o primeiro corte considerado emergencial desde a crise do subprime de 2008.
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Ainda nesta terça-feira, o BC da Austrália havia cortado em 0,25% a sua taxa de juros, ficando em 0,5%. Em seu Twitter, Trump comemorou a decisão e endossou sua pressão ao Fed pelo novo corte na taxa de juros do país.
Após a decisão do Fed, por volta das 12h25 desta terça-feira, o Ibovespa subia cerca de 1,54%, a 108.270,94 pontos, após operar em leve queda na abertura do pregão. O S&P 500 opera em alta de 0,56%, a 3.107,42 pontos.
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