Febraban diz que sempre defendeu teto de gastos, após crítica de Guedes
Depois de o ministro da Economia Paulo Guedes atacar a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), a instituição declarou, em nota, que sempre se posicionou pela necessidade de sustentabilidade fiscal como pressuposto da retomada econômica. A entidade também disse que sempre foi a favor da manutenção do teto de gastos.
O desgaste começou depois de críticas da Federação sobre a possibilidade de criação de um novo imposto sobre os pagamentos, que vem sendo chamada de nova CPMF.
“A Febraban é uma casa de lobby muito honrada, o lobby é muito justo. Mas tem que estar escrito na testa, ‘lobby bancário’, que é para todo mundo entender do que se trata”, disse Guedes ontem.
Guedes reclamou de apoio da Febraban a Marinho
Além disso, o ministro reclamou do apoio da entidade a um estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) da Organização das Nações Unidas (ONU) que foi oferecido ao ministro do Desenvolvimento, Rogério Marinho.
“A Febraban financia estudos que não têm nada a ver com operações bancárias, financia ministro gastador pra ver se fura teto e derruba o outro lado”, afirmou Guedes, em audiência pública na Comissão Mista do Congresso Nacional para o acompanhamento de medidas contra o coronavírus.
O ministro disse ainda que medidas do Banco Central, como o PIX e o open banking, irão acabar com o que ele chamou de “cartel bancário”. “Vamos escapar de cartel bancário de 200 milhões de trouxas nas mãos de quatro bancos. E também em outros setores. Não é quebrar ninguém, queremos que crescimento futuro seja melhor distribuído”, completou.
Na noite de ontem, o presidente Jair Bolsonaro fez elogios a Marinho, demonstrando solidariedade ao ministro após as críticas de Guedes à Febraban. De acordo com o presidente, “ninguém viu um ministro do Desenvolvimento Regional melhor que Rogério Marinho”.
(Com Estadão Conteúdo)