O anúncio dado na última quarta-feira (7) sobre a possível prorrogação da fase emergencial liderou as notícias mais lidas da semana. Apesar disso, ontem o vice-governador do estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, afirmou que o estado deixa a fase emergencial e voltará a partir da próxima semana para a fase vermelha, pelo menos entre o período de 12 a 18 de abril.
Em segundo lugar entre as notícias mais lidas da semana está o comunicado realizado pelo Bradesco, de que o Banco Central aprovou aumento de capital social da empresa em R$ 4 bilhões.
Em seguida, veio o alerta da XP de que o banco digital, Nubank, se impõe como ‘ameaça roxa’ e deve superar Banco do Brasil (BBAS3) em 2023.
Desta forma, veja abaixo um resumo e o link para as cinco notícias mais lidas na semana:
1. Possível prorrogação da fase emergencial
Apesar do governo já ter anunciado na última sexta-feira (9) que o estado de São Paulo vai para fase vermelha a partir da próxima segunda-feira, a notícia que liderou as mais lidas foi sobre a possibilidade da prorrogação da fase emergencial, anunciada anteriormente pelo governo.
O comitê de contingência da covid-19 do estado de São Paulo indicou na última quarta-feira (7), durante coletiva, que a fase emergencial poderia ser prorrogada. Vigente desde o dia 15 de março, e prevista para acabar no dia 11 de abril, próxima segunda.
Todavia, o vice-governador do estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, afirmou em coletiva ontem que o estado deixa a fase emergencial e voltará a partir da próxima semana para a fase vermelha, pelo menos entre o período de 12 a 18 de abril.
Com isso, as restrições da fase emergencial, imposta no dia 15 de março, são enfraquecidas. Na fase vermelha, é permitido, por exemplo, que o comércio funcione parcialmente, no sistema take away, em que vendedores podem entregar produtos para clientes nas portas das lojas.
Lojas de materiais de construção, diferentemente da fase emergencial, também podem voltar a abrir. Escolas públicas e particulares estão liberadas a funcionar parcialmente.
2. Aumento de capital social do Bradesco
O processo de aumento de capital social do Bradesco (BBDC4), no valor de R$ 4 bilhões, foi aprovado na última terça-feira (6) pelo Banco Central (BC). A informação foi divulgada, via comunicado ao mercado, na quarta-feira (7).
Dessa forma, o capital social do Bradesco passa de R$ 79,1 bilhões atualmente, para R$ 83,1 bilhões, com bonificação de 10% em ações (um novo papel para cada 10 ações da mesma espécie possuídas).
De acordo com o documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), serão beneficiados os acionistas que estiverem inscritos no registro do banco em 16 de abril, sendo que a partir do dia 19, os papéis serão negociados sem direito a bonificação.
Além disso, os juros sobre o capital próprio (JCP) mensais devem manter o mesmo valor bruto de R$ 0,0172 por ação ordinária e R$ 0,0189 por título preferencial.
3. Nubank: a ameaça roxa
Em terceiro lugar entre as notícias mais lidas da semana ficou o famoso banco digital Nubank.
Em meio a titãs do setor financeiro do Brasil, o Nubank se tornou em oito anos um dos maiores bancos do País em número de clientes. Mas a fintech do cartão roxinho não deve estacionar agora. Segundo relatório da XP Investimentos, conforme a empresa expande a base de clientes em mais de 1 milhão de clientes por mês, ela deve superar o líder de mercado com mais de 200 anos de vida, o Banco do Brasil (BBAS3), em 2023.
Só no ano passado, o Nubank elevou a base de clientes em 13 milhões, alcançando 33 milhões, superando o Santander Brasil (SANB11) e adentrando o rol dos cinco maiores bancos brasileiros na métrica, destacou relatório assinado pelos analistas da XP Investimentos Marcel Campos e Matheus Odaguil. E isso sem agências e com menos de 4 mil funcionários.
“Como acontece com a maioria dos novos entrantes, o Nubank começou com um produto principal (cartão de crédito), no qual o banco já é competitivo e está mudando o mercado”, salientaram os especialistas. “Mas a fintech já está avançando em outros mercados, como crédito, investimentos e seguros, ampliando a ameaça ao setor”, acrescentaram.
4. Possível “upside” da Sanepar
Em quarto lugar nas notícias mais lidas da semana, está a análise do Banco Inter sobre a Sanepar.
Apesar de um maior cenário de risco, o banco Inter enxerga um upside de 29% nas ações da Sanepar (SAPR11), conforme informou em relatório divulgado na quarta-feira (7).
O banco removeu o “status de empresa resiliente, de baixo risco, e colocou-a na caixinha de risco moderado”, ao passo que a recomendação para a Sanepar é de compra.
“Entendemos que é dentro de um ambiente de incertezas que surgem oportunidades, o risco vale a pena, mas não para qualquer investidor”, aponta.
De acordo com o Inter, o ano de 2020 foi um dos mais desafiadores para a companhia, “se não o mais”, citando a pandemia mas também grande estiagem ao longo do ano na região Sul do País, o que acabou esvaindo o nível dos reservatórios e, desta forma, diluindo o potencial de fornecimento dos serviços de água e esgoto, resultando em rodízio de fornecimento em grande parte do ano.
5. Vacinas de Covid-19
Foi aprovado ontem na Câmara dos Deputados, por 317 votos votos a 120, o texto-base que permite à iniciativa privada de comprar vacinas contra a covid-19 para a imunização gratuita de seus empregados. A aquisição poderá ser feita desde que a empresa doe a mesma quantidade ao Sistema Único de Saúde (SUS).
A votação dos destaques que podem alterar o texto vai prosseguir na quarta-feira (7), em sessão do Plenário marcada para as 13h55.
O texto-base aprovado é um substitutivo da relatora, deputada Celina Leão (PP-DF), que faz alterações no Projeto de Lei 948/21, do deputado Hildo Rocha (MDB-MA).
A aquisição das vacinas, segundo o texto, poderá ser feita pelas pessoas jurídicas de direito privado, individualmente ou em consórcio, o que levou a ser uma das notícias mais lidas da semana.