Facebook e TSE fazem acordo para combater desinformação em eleições
A assessoria de imprensa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou nessa quarta-feira (30) que o órgão fechou uma parceria com o Facebook (NASDAQ: FB) e o WhatsApp com o intuito de combater a desinformação e abusos durante as eleições de 2020.
A parceria com o Facebook prevê que dias antes da eleição, uma ferramenta da plataforma divulgará mensagens sobre as eleições no feed de notícias dos usuários. As mensagens deverão informar sobre a organização e também medidas de segurança sanitária, deviso ao período de pandemia.
Já no WhatsApp, a parceria prevê a criação de um chatbox para apoiar a divulgação de dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral, referentes à votação e ao processo eleitoral.
Além disso, com a parceria, será criado um canal de comunicação individual com o órgão, no qual poderão ser feitas denuncias de contas suspeitas de realizar envios em massa.
Segundo o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, o acordo deve ajudar a eliminar, entre outras coisas, a circulação de fake news, o uso indevido de robôs e impulsionamentos ilegais.
Facebook pode restringir usuários caso eleições dos EUA virem um ‘caos’
Caso as eleições presidenciais dos Estados Unidos, que acontecerão em novembro deste ano, se tornem um “caos”, o Facebook pode restringir a atuação de usuários como uma das medidas graves para apartar a “violenta agitação cívica”. As informações foram reveladas pelo chefe de assuntos globais da companhia, Nick Clegg, em entrevista ao jornal britânico “Financial Times”.
O executivo do Facebook afirmou que estão sendo traçadas estratégias para lidar com uma série de resultados oriundos das eleições. Para ele, a rede social permanecerá atenta aos “dilemas políticos” de ter votos pessoais contados mais rapidamente do que as cédulas pelo correio, procedimento que será implementado em função da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
“Existem algumas opções de quebra-vidros disponíveis para nós se realmente houver um conjunto de circunstâncias extremamente caóticas e, pior ainda, violentas”, afirmou Clegg, embora não tenha dado mais detalhes sobre as medidas que estão sendo discutidas.
Os planos que estão sob a mesa, que podem ir para patamares sem precedentes na atuação do Facebook, vem à tona em meio à pressão que a companhia sofre para explicar de que forma irá combater a desinformação relacionada ao processo eleitoral. Autoridades e críticos quem saber de que maneira o grupo de tecnologia agirá frente à repressão eleitoral, incitamento à violência no dia das eleições, 3 de novembro, ou no pós-eleições.